Reino Unido reforça medidas para combater aumento de casos de língua azul

Doença de língua azul que afeta ruminantes está a aumentar na Inglaterra. Em Portugal foi emitido edital lembrando para as medidas a seguir para mitigar a propagação da doença. O vírus da língua azul sorotipo 3 que afeta Inglaterra também já foi identificado em Évora.

Reino Unido reforça medidas para combater aumento de casos de língua azul
Reino Unido reforça medidas para combater aumento de casos de língua azul. Foto: Rosa Pinto

Com o número de casos de língua azul ou febre catarral ovina a aumentar na Inglaterra e também no norte da Europa, o Reino Unido está a tomar medidas adicionais, como estender a zona de restrição para mitigar a propagação da doença, neste caso a propagação do vírus da língua azul sorotipo 3.

O vírus da língua azul é transmitido principalmente por picadas de mosquitos e afeta bovinos, caprinos, ovinos, caprinos, veados e camelídeos, como lhamas e alpacas, e o número de casos está aumentar drasticamente no norte da Europa.

A doença afeta a seriamente a saúde dos animais ruminantes pode reduzir a produção de leite, causar outras doenças e reduzir o desempenho reprodutivo. Nos casos mais graves, pode causar a morte do animal, com consequências sérias para a rentabilidade dos produtores.

As medidas adotadas no Reino Unido incluem que todos os criadores de ruminantes suscetíveis de serem afetados pelo vírus da língua azul nas zonas afetadas e definidas como restritas devem seguir regras rígidas sobre a movimentação de animais não podendo movê-los para fora da zona sem uma licença específica.

Em Portugal, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) na sua comunicação de 14 de setembro de 2024, em forma de edital, lembra as zonas afetadas pelo vírus da língua azul sorotipo 1 e 4, e que em 2024 deu início à vigilância entomológica, nas áreas geográficas que correspondem às Direções de Serviço de Alimentação e Veterinária da Região de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo.

A DGAV indica que a 13 de setembro de 2024, foi confirmado pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, “a presença do serotipo 3 do vírus da língua azul, no distrito de Évora”, que leva à necessidade de alterar as determinações relativas à doença.

A DGAV lembra no edital de 14 de setembro para as restrições sobre movimentação de animais e vacinação para mitigar a propagação da doença entre os ruminantes.