Associação MiGRA Portugal quer maior visibilidade para a doença de enxaqueca com iniciativa de caminhada

Associação MiGRA Portugal quer maior visibilidade para a doença de enxaqueca com iniciativa de caminhada
Associação MiGRA Portugal quer maior visibilidade para a doença de enxaqueca com iniciativa de caminhada. Foto: Rosa Pinto

No âmbito do Dia Europeu da Ação na Enxaqueca, que se assinala hoje, dia 12 de setembro, a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, abre as inscrições para a 1ª Caminhada pela Enxaqueca. A iniciativa foi agendada para decorrer no próximo dia 12 de outubro, às 10h, no Jardim do Passeio dos Heróis do Mar, no Parque das Nações.

Para a MiGRA Portugal a iniciativa tem como objetivo unir a comunidade na sensibilização para esta doença e dar a conhecer os passos necessários para que o doente possa gerir a enxaqueca ao longo da vida, promovendo simultaneamente a prática de exercício físico e um estilo de vida saudável.

A iniciativa, desenvolvida com o apoio da Sociedade Portuguesa de Cefaleias, tem objetivo de alertar para a realidade das pessoas que vivem com enxaqueca, uma condição neurológica debilitante que afeta cerca de 2 milhões de portugueses. Apesar de ser a 2ª causa mundial de anos vividos com incapacidade, a enxaqueca continua a ser subvalorizada e incompreendida.

Um estudo recente, desenvolvido pela European Migraine and Headache Alliance (EMHA) e pela MiGRA Portugal, revelou que 93% das pessoas que vivem com enxaqueca sentem-se incompreendidas, sendo que 74% afirmam sentir falta de compreensão até por parte dos profissionais de saúde.

Além disso, de acordo com os dados recolhidos no inquérito “Acesso a Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias”, realizado pela MIGRA Portugal, cerca de 39% das pessoas que vivem com estas patologias não têm acompanhamento médico, sendo que o acesso aos cuidados de saúde especializados é insuficiente, com 70% das pessoas que têm acompanhamento médico a recorrer ao setor privado.

Para MiGRA Portugal a caminhada é uma oportunidade para dar visibilidade à enxaqueca, combater o estigma associado à doença e promover uma maior compreensão sobre o impacto desta condição na vida das pessoas que dela sofrem, em particular sobre as dificuldades que o doente encontra no seu caminho pelos cuidados de saúde. Além disso, o evento permite fortalecer a missão da MiGRA Portugal na luta pelos direitos das pessoas com enxaqueca e outras cefaleias, apelando ao apoio da sociedade para a continuidade do trabalho da Associação.

“Através desta caminhada, queremos dar voz a todos aqueles que vivem com enxaqueca, uma condição invisível, mas que afeta profundamente a vida das pessoas”, afirmou Madalena Plácido, Presidente da MiGRA Portugal, citada em comunicado. “É essencial que a sociedade entenda a incapacidade gerada por esta doença e o caminho das pedras que as pessoas com enxaqueca passam para chegar ao acompanhamento e tratamento adequados. Juntos, podemos combater o estigma e promover um melhor acesso aos cuidados de saúde para as pessoas que vivem com enxaqueca.”

Para Filipe Palavra, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias, “a Caminhada pela Enxaqueca representa uma oportunidade crucial para aumentar a visibilidade e a compreensão sobre esta condição debilitante. Este tipo de iniciativas é fundamental não apenas para sensibilizar o público, mas também para fomentar um maior apoio e ação na melhoria das condições de vida das pessoas afetadas pela enxaqueca.”