União Europeia continua a não reconhecer Nicolás Maduro vencedor das eleições na Venezuela

União Europeia continua a não reconhecer Nicolás Maduro vencedor das eleições na Venezuela
União Europeia continua a não reconhecer Nicolás Maduro vencedor das eleições na Venezuela. Foto: © UE

Depois do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ter validado os resultados do último ato eleitoral e depois do Painel de Peritos da ONU, convidado pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela para avaliar a conduta geral das eleições no âmbito do Acordo de Barbados, a União Europeia continua a manifestar-se para que as autoridades venezuelanas forneçam evidências públicas necessárias para avaliar o processo eleitoral.

O Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, declarou que “à luz da decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), vale lembrar que o CNE é o órgão legal e constitucionalmente responsável pela publicação transparente e detalhada dos resultados eleitorais oficiais.

A União Europeia continua a instar o CNE a publicar e verificar de forma independente os registos oficiais de votação (“actas”) de todas as seções eleitorais. Além disso, a União Europeia enfatiza que o Painel de Peritos da ONU confirmou que uma amostra das ‘actas’ revisadas publicadas pela oposição exibem os recursos de segurança dos protocolos de resultados originais, confirmando assim sua confiabilidade. De acordo com as cópias publicamente disponíveis das ‘actas’, Edmundo González Urrutia parece ser o vencedor da eleição presidencial por uma maioria significativa”, declarou Josep Borrell

A União Europeia indica que só os resultados completos e verificáveis ​​de forma independente serão aceitos e reconhecidos para garantir que a vontade do povo venezuelano seja respeitada.

As autoridades venezuelanas devem respeitar o direito de todos os venezuelanos de se manifestarem pacificamente e expressarem livremente suas opiniões políticas sem medo de represálias. Elas devem se abster de usar força excessiva, acabar com a repressão e o assédio da oposição e da sociedade civil e libertar todos os presos políticos. As violações de direitos humanos devem ser investigadas minuciosamente e os responsáveis ​​devem ser responsabilizados”, afirmou Josep Borrell, que é também vice-presidente da Comissão Europeia.