Inaugurada fábrica de chips em Dresden para maior autonomia europeia

Inaugurada fábrica de chips em Dresden para maior autonomia europeia
Inaugurada fábrica de chips em Dresden para maior autonomia europeia. Ursula von der Leyen. Foto: © UE

Uma unidade de produção de semicondutores é inaugurada em Dresden, na Alemanha. A unidade deverá empregar 11.000 trabalhadores e produzirá chips que irão beneficiar as indústrias europeias a partir do acesso local e mais fiáveis.

Na cerimónia da inauguração, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que “numa altura de crescentes tensões geopolíticas, a TSMC beneficiará também da diversificação geográfica para a Europa, de um melhor acesso aos nossos pontos fortes europeus, como o automóvel”.

Dresden é uma localização considerada para a implantação da unidade fabril dado proximidade com empresas de primeira classe na indústria automóvel, e ser um cluster de inovações único na Europa. Ursula von der Leyen lembrou que “o melhor equipamento de fabrico de chips do mundo vem daqui da Europa”, e que “a Silicon Saxony apresenta tudo o que torna a Europa tão atrativa para investidores e inovadores”.

Depois da Lei Europeia das Chips, passados três anos, têm vindo a surgir novas fábricas de chips de última geração em toda a Europa, como Crolles perto de Grenoble ou Catânia na Sicília, e agora em Dresden.

Esta nova fábrica qualifica-se de acordo com a Lei Europeia dos Chips como uma instalação pioneira. Por outras palavras, irá fabricar produtos que não estão presentes ou planeados em nenhuma outra instalação em toda a Europa. Isto significa que este mecanismo tem também direito a apoio financeiro nacional”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia.

Entretanto, Ursula von der Leyen anunciou que irá propor um novo Fundo Europeu para a Competitividade como parte do novo orçamento para 2025, que “investirá em tecnologias estratégicas e contribuirá para importantes projetos de interesse europeu comum”.

A próxima Comissão Europeia deverá ser e será uma Comissão de investimento” e “nos primeiros 100 dias do novo mandato, irei propor um novo Acordo Industrial Limpo. Um dos seus objetivos centrais será garantir o acesso a energia limpa e barata – é maravilhoso saber que somos completamente renováveis ​​– e a matérias-primas”.

Mas também, “estabeleceremos uma União de Competências. Queremos que os trabalhadores europeus tenham a formação necessária para os empregos de qualidade que estamos a criar, por exemplo, aqui. Por isso, devemos remover todos os obstáculos que ainda nos atrasam. E temos de investir mais naquilo que torna a Europa tão atrativa para empresas como a sua, por exemplo. Todos sabemos que a corrida global pelas tecnologias de amanhã começou. E quero que a Europa mude realmente de velocidade.”