Vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório começa a 1 de outubro

Vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório começa a 1 de outubro
Vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório começa a 1 de outubro

A Direção-Geral da Saúde (DGS) já publicou a Norma para a campanha da imunização sazonal contra a infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em idade pediátrica, para a época outono/inverno 2024-2025.

Com esta campanha o Ministério da Saúde estima um investimento de 13, milhões de euros e prevê que serão abrangidas cerca de 62 mil crianças.

A introdução da imunização contra o VSR, sob proposta da DGS, é considerada devido, entre outros fatores, a epidemiologia da infeção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização e a segurança do medicamento.

Assim, de acordo com o já estabelecido, a campanha de vacinação contra a infeção pelo VSR terá início a partir de 1 de outubro de 2024, a estará disponível de forma gratuita em todas as maternidades dos sectores público, privado e social, para as crianças nascidas entre 1 de outubro de 2024 e 31 de março de 2025; e nas instituições de saúde do SNS para as crianças nascidas entre 1 de agosto de 2024 e 30 de setembro de 2024, e crianças com fatores de risco definidos.

O Ministério da Saúde indica que a campanha de vacinação operacionaliza uma das medidas prioritárias incluídas no Plano de Emergência e Transformação da Saúde, que foi apresentado pelo Governo em maio de 2024.

Trata-se de uma estratégia de prevenção que tem o objetivo de proteger as crianças, particularmente nos primeiros meses de idade, e reduzir a suscetibilidade individual, a carga de doença e o impacto na utilização de serviços de saúde, nomeadamente o recurso às urgências hospitalares, e de internamentos associados.

A DGS, em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e outros parceiros, deverão assegurar a vigilância epidemiológica do VSR, bem como a monitorização e avaliação do impacto desta campanha de imunização.

Para o Ministério da Saúde a medida demonstra uma aposta clara na prevenção da doença e na promoção da saúde e bem-estar social das crianças e das suas famílias, ao invés de se reagir através da prestação de cuidados curativos.

De acordo com o European Centre for Disease Prevention and Control, embora a maioria dos casos de infeção seja ligeira, o VSR pode agravar as condições médicas existentes e causar complicações graves que podem ser fatais. As complicações da infeção grave pelo VSR incluem a bronquiolite, a inflamação das pequenas vias respiratórias no pulmão e a pneumonia, uma infeção dos pulmões.

Nos bebés e crianças pequenas, os sinais de infeção grave pelo VSR que requerem cuidados médicos urgentes estão associados a dificuldades respiratórias. Respiração curta e superficial, dilatação das narinas ao inspirar, respiração ruidosa, pausas na respiração e abatimento do tórax implicam a necessidade de cuidados médicos urgentes. Além disso, os pais devem estar atentos à coloração azul ou cinzenta dos lábios, da boca ou das unhas, pois é um sinal de níveis criticamente baixos de oxigénio no sangue.

As crianças podem também desenvolver septicemia, uma infeção da corrente sanguínea que pode causar uma variedade de sintomas, incluindo uma diminuição da tensão arterial, aumento da frequência cardíaca e febre. Os doentes idosos com VSR podem desenvolver complicações, tais como o agravamento da DPOC e da doença cardíaca.