O Prémio Camões 2024 é atribuído a Adélia Prado anuncia a Ministra da Cultura, após reunião do júri da 36ª edição do Prémio. Camões.
O júri justifica a escolha referindo que “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo… Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
Adélia Prado nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1936. É licenciada em filosofia. Publicou os seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte.
A sua estreia individual só aconteceu em 1975, quando remeteu para Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas.
Drummond de Andrade, impressionado com a sua escrita, enviou os poemas para a Editora Imago. Publicado com o nome “Bagagem”, o livro de poemas chamou atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo. Em 1976, o livro foi lançado no Rio de Janeiro, com a presença de importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna, Clarice Lispector, entre outros.
Em 1978 escreveu O Coração Disparado, com o qual conquistou o Prémio Jabuti de Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro. Nos dois anos seguintes, dedicou-se à prosa, com Solte os Cachorros em 1979 e Cacos para um Vitral em 1980. Volta à poesia em 1981, com Terra de Santa Cruz.
O júri da 36ª edição do Prémio. Camões foi constituído pela Professoara Doutora Clara Crabbé Rocha, Professora Catedrática aposentada da Universidade Nova de Lisboa; Prof. Doutora Isabel Cristina Mateus, Professora Associada da Universidade do Minho; Prof. Doutor Francisco Noa (Moçambique), doutorado pela Universidade Nova de Lisboa e Professor da Universidade Eduardo Mondlane; Cleber Ranieri Ribas de Almeida, Professor Associado da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Brasil; Deonísio da Silva, Professor aposentado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Brasil; Dionísio Bahule, Professor da Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique.