Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero-Americana de Cultura 2017 é uma iniciativa da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI) e da Câmara Municipal de Lisboa, e tem a participação, colaboração e apoio de dezenas de instituições, associações e equipamentos privados.
Anualmente a UCCI elege uma cidade para ser capital ibero-americana de Cultura e, em Novembro de 2015, numa votação unânime por parte das trinta cidades que constituem a UCCI, escolheram a cidade de Lisboa para o ano de 2017.
Lisboa, desde 7 de janeiro até 22 de dezembro, assume-se como a Capital Ibero-americana de Cultura, onde diversas atividades culturais irão marcar no tempo e nas pessoas a dimensão da cidade, com o tema ‘Passado e Presente’.
No dia 7 de janeiro, dia da abertura, às 17h00 inaugura-se a exposição do artista mexicano Démian Flores, na galeria do Padrão dos Descobrimentos. Démian Flores concedeu para esta exposição “uma obra nova cujo tema é a relação colonial entre os Países Ibéricos e a América Latina”.
“Démian Flores inscreve-se na longa tradição da pintura muralista mexicana com representantes como Diego Rivera ou José Clemente Orozco e muitos outros. O trabalho de Demián Flores (Juchitán, Oaxaca, 1971) tem-se caracterizado por provocar choques e contágios entre esferas de produção cultural distintas e por manter um diálogo ativo com o contexto sociopolítico da sua terra natal, situada no sul do México. Com as descobertas geográficas do século XVI e o aparecimento, na visão da altura, do ‘Novo Mundo’, a ideia sobre a existência do Paraíso assumiu novas formas e reconhecimentos”, refere nota do Departamento de Marca e Comunicação da CML.
Às 19h00, no Teatro Municipal São Luiz, irá decorrer a cerimónia de abertura, um momento a que se associam os CTT com o lançamento de uma emissão filatélica comemorativa do projeto ‘Passado e Presente – Lisboa’, Capital Ibero-americana de Cultura 2017.
Às 21h00, também no Teatro Municipal São Luiz, terá lugar o concerto ‘Canções para uma Festa’ com a portuguesa Gisela João, a peruana Mariela Condo e a panamiana Yomira John. A escolha da origem das três cantoras, indica a CML, teve em conta as músicas, qualidade artística das letras das canções, a juventude das cantoras, “que é, de muitas maneiras, a expressão da energia de um continente que, com uma diversidade de etnias, culturas, regimes, paisagens, cria grandes expectativas para o futuro, não só desta área cultural e geográfica, mas também para o futuro de todo o mundo”.
Um outro critério da escolha foi “o reconhecimento da importância que as mulheres, de um modo geral, e as artistas, em particular, conseguiram neste continente, tantas vezes marcado pela violência dos géneros, e as importantes mudanças sociais e de criação artística que protagonizaram”.
A noite inaugural termina com Danças no Jardim de Inverno. Às 00h00, a música de La Flama Blanca e a cenografia de Pedro Valdez Cardoso vão festejar a Capital Ibero-americana de Cultura 2017. António Pinto Ribeiro, coordenador-geral da programação, refere, citado em comunicado: “Numa cenografia luxuriosa e divertida, dá-se início às danças. É um sinal de que a festividade é compatível com a receção artística e a sua fruição, com o pensamento crítico e a leitura e com a convivialidade entre atores que intervêm quer nas cidades, quer nas zonas rurais da Europa e das Américas. Não prometemos qualquer regresso à antropofagia, mas que é o início de uma grande Festa, isso é, com certeza.”