Último relatório do Ministério da Saúde de Gaza indica que terão sido mortos mais 127 palestinianos e mais 205 foram feridos, nas últimas 24 horas, na Faixa de Gaza. Assim, desde 7 de outubro de 2023 já terão sido mortos pelo menos 28.985 palestinianos e pelo menos 68.883 ficaram feridos.
Os números podem crescer dado que várias vítimas ainda estão sob os escombros e nas estradas. Relatos indicam que as forças israelitas impedem o socorro das vítimas, nomeadamente que ambulâncias e equipas da defesa civil cheguem aos locais.
Militares israelitas prenderam dezenas de pacientes que se encontravam no Hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, no sul, que estavam em camas hospitalares em tratamento e sem possibilidade de mobilidade, descreve o Ministério da Saúde em Gaza, que acrescenta que os doentes foram colocados em macas do exército, colocados em caminhões e levados para destino desconhecido, colocando a vida dos pacientes em perigo.
De pois da ocupação do Hospital pelas forças israelitas foi cortada a energia elétrica levando à interrupção do fornecimento de oxigénio aos pacientes, o que já terá levado à morte de oito pacientes, mas é provável que sejam colocados em risco de vida dezenas de pacientes.
O Ministério da Saúde em Gaza relatou que três mulheres, incluindo uma médica, deram à luz no Hospital Nasser em circunstâncias inseguras e urgentes, onde não há água, comida, eletricidade e higiene.
O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf Al-Qudra, referiu que os esgotos inundam os departamentos de emergência do edifício Al-Taraha, no Campus Médico Nasser, e que os militares israelitas não têm permitido a reparação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem vindo a solicitar às autoridades israelitas acesso ao Hospital, mas “tanto ontem como anteontem, a equipa da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de ter chegado ao campus hospitalar para entregar combustível”, referiu o Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, nas redes sociais X.
As autoridades israelitas justificaram o cerco e a ocupação do Hospital Nasser com a suspeita da existência de militantes armados do Hamas no interior do Hospital.