A aluna de mestrado de Engenharia Física da Ciências Universidade de Lisboa (ULisboa), Beatriz Amorim, conquistou bolsa Marie Sklodowska-Curie, uma das mais competitivas, destinada a mulheres na área nuclear. A bolsa vai levar a jovem estudante a um estágio de seis meses, num projeto inovador na Alemanha, no âmbito do Programa GET INvolved do FAIR.
“É muito gratificante haver bolsas para mulheres desta área, porque ainda é maioritariamente de homens. Sinto que isso está a mudar e é muito bom que haja esse reconhecimento. Foi uma notícia inesperada, não estava à espera. Só me candidatei por insistência do professor Daniel Galaviz Redondo, que dizia que tinha potencial”, disse Beatriz Amorim, citada pela ULisboa.
O estágio vai envolver a jovem estudante na montagem e colocação em funcionamento de detetores de cintilação para a medida feixes de alta taxa, inseridos no detetor SAFARI, um projeto que permitirá identificar isótopos que provêm de núcleos pesados, como o urânio-235.
Um trabalho que implica mediações precisas da interação nuclear e das secções eficazes com mudança de carga, através de tecnologia como FRS (sistema magnético para iões pesados relativistas) com detetores de perda de energia de alta resolução e de tempo de voo.
Beatriz Amorim, indicou que este estudo é importante para perceber como funcionam as reações nucleares no geral, e para isso “estamos a investigar fenómenos novos que podem ser importantes para descobrirmos mais informações acerca da equação de estado nuclear, que é muito relevante para os físicos desta área”.
A estudante, Beatriz Amorim, é membro do Grupo de Reações Nucleares, Instrumentação e Astrofísica (NUC-RIA), no LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, e que tem como responsável Daniel Galaviz Redondo.
Já em 2022, outra aluna, Rita Pestana, do mestrado de Engenharia Física da Ciências ULisboa, de que é coordenador Daniel Galaviz Redondo, conquistou uma bolsa de estudo Marie Sklodowska-Curie.