Para a Coligação AD “o Governo PS foi incapaz de concretizar soluções para atenuar o drama da falta de água no Algarve”, mesmo com “os sucessivos anos de seca que se têm vindo a registar”. Quando se está “na iminência da catástrofe na região”, o Governo adota “em desespero, um pacote de medidas que vão ter severas repercussões, designadamente na agricultura.”
Para Miguel Pinto Luz, cabeça de lista da AD pelo Algarve às eleições legislativas de março, “a seca climática e a seca de soluções do Governo são uma mistura explosiva que vai ser paga duramente pelos algarvios. Há que responder com decisão no curto prazo e repartir justamente sacrifícios que o Governo tornou inevitáveis. Não é isso que vai acontecer. A agricultura vai ser sacrificada.”
Em face da situação Miguel Pinto Luz, indica que “é necessário um plano que compatibilize as disponibilidades hídricas da região e as atividades económicas. Tem-se perdido tempo precioso. Se isso não for feito haverá mais cortes e menos futuro para o Algarve. Nós vamos fazê-lo.”
Para a AD “são precisas medidas de contingência, de curtíssimo prazo”, que “têm sido reclamados publicamente … designadamente, medidas de contingência para salvar a agricultura e para minimizar os desperdícios e que não têm tradução no plano definido pelo Governo, tais como:
■ Redução de consumo das autarquias em percentagem idêntica às perdas que cada uma regista no sistema em baixa. O ciclo urbano tem uma média de perdas de 30%, mas só se exige um corte de 15%. Deste modo, penaliza-se mais quem não investiu na manutenção das condutas e penaliza-se a agricultura. O esforço de poupança pode ser mais bem redistribuído;
■ Instalação de sistemas de rega eficientes em jardins e espaços públicos. Há que dar o exemplo e reduzir desperdícios gritantes;
■ Permitir aos agricultores cuja produção seja substancialmente reduzida ou suspensa o acesso ao regime de lay-off dos seus trabalhadores;
■ Criação de uma linha de crédito para os agricultores afetados que permita o reescalonamento de empréstimos;
■ Obras de emergência nos aproveitamentos hidroagrícolas para melhorar a eficiência do sistema e reduzir perdas.”
Miguel Pinto Luz indica que “o Algarve não pode só servir para passar férias e de motor da economia e depois quando precisam de nós não estamos lá para ajudar. É uma obrigação nacional”, e as para a AD estas “propostas visam maximizar e utilizar melhor a água disponível e dar resposta às perdas económicas que se estão a registar”.