Aprovada a segunda fase de criação de Centros Tecnológicos Especializados (CTE) que tinham sido inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Na primeira fase foram criados 104 Centros Tecnológicos Especializados, no valor de investimento de 119 milhões de euros, agora entram no processo de finalização mais 261 Centros que mereceram aprovação de candidatura na segunda fase e para um investimento de 307,5 milhões de euros.
Como previsto no PRR foi atingida a meta de criação dos 365 Centros Tecnológicos Especializados, mas muito antes da meta prevista que era de 2025. O valor de investimento atingiu os 426,5 milhões de euros. Um montante inferior ao previsto que era de 480 milhões de euros.
De acordo com o Ministério da Educação “as escolas que submeteram propostas de criação de CTE na segunda fase de apresentação de candidaturas foram já notificadas, seguindo se agora um período de audiência prévia de 10 dias”.
Com a conclusão dos CTE a região de Lisboa e Vale do Tejo é a única do país que fica com um número de CTE significativamente inferior às vagas disponíveis na região.
Neste caso o Ministério da Educação prevê lançar mais um concurso com duas fases de candidaturas para assegurar a cobertura de CTE na região de Lisboa e Vale do Tejo, com a criação de 35 CTE, num montante de investimento de 53,5 milhões de euros.
O A criação de CTE integra a Componente das Qualificações e Competências do Plano de Recuperação e Resiliência destinada a modernizar a oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional.
Com Ministério da Educação indicou que com estes investimentos, os alunos dos cursos profissionais passam “a usufruir de novos equipamentos e instalações, potenciando a aquisição e desenvolvimento de competências profissionais e pessoais orientadas para a sustentabilidade e competitividade impulsionadas pelos processos de resiliência, transição digital e transição climática.”
Atualmente e de acordo com o Apesar dos progressos notáveis nas últimas décadas, e segundo o Eurostat, Portugal apresenta ainda um défice significativo de qualificações, sobretudo ao nível das qualificações intermédias, correspondentes ao ensino secundário e profissional, com 28,4% da população dos 25 aos 64 anos, face a 45,9% na União Europeia, em 2021. Daí resulta que 40,5% da população ativa portuguesa caracteriza-se por baixos níveis de qualificação, quando a nível europeu a percentagem é de apenas 20,7%.
Nos últimos 20 anos, este fenómeno tem vindo a ser combatido através de várias medidas, com destaque para o desenvolvimento de um sistema consistente de ensino e formação profissional, para o qual contribuíram os desenvolvimentos alcançados no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações e dos respetivos instrumentos associados.
O investimento em centros tecnológicos especializados marca um passo importante na valorização do ensino profissional em Portugal, contribuindo ativamente para o progresso económico do país, ajudando a formar e preparar a próxima geração de profissionais qualificados para os desafios do mercado de trabalho atual e para as oportunidades que surgirão no futuro.