Em Doha, no Qatar, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que o Conselho de Segurança, que é o “fórum proeminente para a resolução pacífica de disputas internacionais está paralisado por divisões geoestratégicas”.
Um facto que lembrou que “os horríveis ataques do Hamas em 7 de outubro, seguidos do implacável bombardeamento israelita de Gaza, foram recebidos com um silêncio retumbante por parte do Conselho.”
Assim, considerou António Guterres, “a autoridade e a credibilidade do Conselho foram gravemente comprometidas”. Lembrou também que invocou “o Artigo 99.º da Carta das Nações Unidas” sobre a situação em Gaza. Em que escreveu: “não existe proteção eficaz dos civis em Gaza”, e “o número de vítimas civis em Gaza num período tão curto é totalmente sem precedentes”.
Em Gaza, “o sistema de saúde está em colapso. Espero que a ordem pública seja completamente destruída em breve e que uma situação ainda pior possa surgir, incluindo doenças epidémicas e uma maior pressão para deslocações em massa para o Egito.
Eu disse que enfrentamos um grave risco de colapso do sistema humanitário. A situação está a deteriorar-se rapidamente para uma catástrofe com implicações potencialmente irreversíveis para os palestinianos no seu conjunto e para a paz e segurança na região”, referiu o Secretário-Geral da ONU.
E por isso, referiu: “e instei o Conselho de Segurança a pressionar para evitar uma catástrofe humanitária e reiterei o meu apelo para que fosse declarado um cessar-fogo humanitário”.
Mas, “lamentavelmente, o Conselho de Segurança não o fez, mas isso não o torna menos necessário. Então, posso prometer que não vou desistir.” Na votação, os EUA vetaram a deliberação que mereceu a abstenção do Reino Unido e aprovação dos 13 restantes membros, incluindo a França, Rússia e China, que têm poder de veto.