Cerca de 12 crianças com cancro ou outras doenças sanguíneas foram evacuadas, em conjunto com familiares, da Faixa de Gaza, território palestiniano ocupado, para o Egito e a Jordânia, para que possam continuar o tratamento em segurança.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que mais crianças sejam evacuadas para tratamento de cancro.
Para facilitar a transferência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o St. Jude Children’s Research Hospital coordenaram com as autoridades do Egito, Israel, Jordânia, do território palestino ocupado e dos Estados Unidos da América, bem como com membros do St. Jude Global Alliance, uma comunidade mundial de instituições e fundações dedicadas a ajudar crianças com cancro e outras doenças graves.
A OMS considera serem essenciais as evacuações de crianças que necessitam de tratamento para o cancro e reforça que as evacuações médicas sustentadas, ordenadas, desimpedidas e seguras de pacientes gravemente feridos e doentes para e através do Egipto através da passagem fronteiriça de Rafah são essenciais.
A OMS e a St. Jude Global Alliance estão empenhadas em que seja possível a evacuação de mais pacientes pediátricos com cancro e dos seus familiares, conforme o estado de saúde dos pacientes e as condições de segurança o permitam.
“Estou aliviado pelo facto de crianças com necessidade vital de cuidados contra o cancro terem conseguido sair da insegurança e da incerteza em Gaza e continuar a receber tratamento que salva vidas no Egito e na Jordânia”, disse o Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-Geral da OMS.
O responsável da OMS acrescentou: “Noto também os esforços, coordenados por St Jude e pela OMS, de todas as autoridades relevantes para colocar as necessidades de saúde destas crianças em primeiro lugar. Esta demonstração de ação humanitária desesperadamente necessária deverá servir para motivar um maior acesso a cuidados vitais para todas as pessoas afetadas por este conflito, tanto dentro de Gaza, onde as necessidades são maiores hoje, como fora dela. Rezo para que esta iniciativa possa inspirar todas as partes a colocar a saúde e a paz em primeiro lugar.”
A OMS refere que “o atual conflito obstruiu a saída dos pacientes da Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que restringiu severamente a entrada de fornecimentos médicos essenciais, incluindo quimioterapia. Os dois hospitais especializados que prestam cuidados a pacientes oncológicos, incluindo crianças, ficaram sobrecarregados, com falta de recursos, expostos a ataques e, devido à insegurança, forçados a fechar. Os serviços de tratamento do cancro são, portanto, severamente limitados, o que significa que é extremamente urgente transferir pacientes para fora de Gaza para tratamento”.