Até 2020 a Comissão Europeia prevê que mais de 750 mil postos de trabalho especializados no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) não sejam preenchidos. A carência de técnicos com competências em tecnologias digitais para preencher as vagas de emprego em todos os setores está a colocar em causa a competitividade das empresas europeias.
Há falta de técnicos para ocupar os postos de trabalho, no setor das TIC, no entanto, a taxa de desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos atinge quase 20% na União Europeia. Mais de 33% da população ativa e, de um modo mais geral, cerca de 45% dos cidadãos europeus possui apenas competências digitais básicas.
Falta de competências digitais está a parar a inovação e o crescimento na Europa.
Günther H. Oettinger, Comissário Europeu da Economia e Sociedade Digitais, referiu que “a falta de competências digitais está a parar a inovação e o crescimento na Europa. Não só nas empresas do setor das TIC, como nas organizações em todos os setores, privado e público”.
“Temos de eliminar este obstáculo, para garantir emprego aos europeus e as empresas tenham acesso a uma reserva alargada de talentos no domínio digital”, acrescentou o Comissário.
As competências digitais abrangem toda uma série de capacidades de grande utilidade para os cidadãos desde a procura e uso de informação, o recurso a comunicação por online, a criação e publicação de conteúdos digitais, mas também o desenvolvimento de aplicações por codificação (desenvolvimento de código).
Para ultrapassar a falta de competências digitais dos europeus a Comissão lançou uma larga ‘Coligação para a criação de competências e emprego na área digital’. A Coligação envolve os Estados-Membros, as empresas, os parceiros sociais, as Organizações não-governamentais (ONG) e as instituições de ensino. O objetivo é contribuir para satisfazer a elevada procura de competências digitais na Europa, que são essenciais para o mercado de trabalho e a sociedade no dia-a-dia.
O conjunto de parceiros da ‘Coligação para a criação de competências e emprego na área digital’, inclui mais de 30 organizações e grupos como a Aliança Europeia das PME digitais, o Instituto de Investigação Económica e Social, a empresa SAP, a Carta Europeia de Condução Informática e a empresa Google, que se comprometeram a reduzir o défice de competências digitais dos europeus.
A Comissão indica que “os membros da Coligação comprometeram-se a suprir a falta de competências digitais a todos os níveis, desde as competências especializadas de alto nível no domínio informático até às competências necessárias a todos os cidadãos europeus para viverem, trabalharem e participarem numa economia e sociedade digitais”.
As competências digitais dos europeus são cruciais para que a indústria europeia possa manter a sua competitividade, face à rápida evolução dos seus concorrentes, e para que a sociedade europeia possa continuar a ser inclusiva na era digital.
Andrus Ansip, Vice-Presidente da Comissão e responsável pelo Mercado Único Digital, referiu que “ao possibilitar que um maior número de pessoas desenvolva as suas competências digitais irá conferir-lhes um passaporte para a economia digital”.
O Comissário acrescentou ainda que “não podemos construir o Mercado Único Digital na Europa sem suprir o défice de competências digitais”.