Especialistas em saúde pública de várias universidades dos EUA relevam que os pacientes como os profissionais de saúde devem aproveitar as lições aprendidas durante a pandemia de COVID-19 e continuar a usar mascara em ambientes de cuidados de saúde.
O uso de mascara é importante porque a infeção pelo SARS-CoV-2 ainda é uma ameaça, especialmente para os pacientes mais vulneráveis, e as máscaras são um método comprovado para prevenir a transmissão, referem os especialistas em artigo publicado em Annals of Internal Medicine.
Embora as taxas de COVID-19 grave tenham diminuído devido ao aumento da imunidade comunitária e ao acesso a contramedidas médicas, ainda ocorrem resultados graves atribuíveis à COVID-19. Muitos profissionais de saúde e pessoas da comunidade, em geral, já não tomam as mesmas precauções que tomavam no auge da pandemia e regressaram às atividades normais, apesar da circulação contínua do SARS-CoV-2 e de outros vírus respiratórios endémicos.
Os especialistas da Public Health – Seattle & King County e da Universidade de Washington defendem a atualização das abordagens ao uso de máscara nas instalações de saúde para priorizar a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde. Destacam que muitos pacientes em unidades de saúde correm maior risco de mortalidade e morbilidade devido à COVID-19 e argumentam que as instalações têm a responsabilidade de promover medidas de segurança generalizadas para limitar a propagação de infeções adquiridas em hospitais.
Argumentam os especialistas que muitos profissionais de saúde trabalham quando estão COVID-19, estejam sintomáticos ou assintomáticos. Eles observam que as políticas de licença médica pré-pandemia e as opções de testes mais limitadas aumentam a probabilidade dos profissionais de saúde trabalharem quando estão doentes.
Para os autores da publicação, diversas políticas poderiam ser implementadas para melhorar a segurança dos pacientes e dos funcionários, e afirmam que a mascara poderia ser implementada em todos os espaços de saúde durante todo o ano, em ambientes específicos, como unidades de transplante, oncologia e geriátrica, em meses específicos durante a estação viral respiratória local ou quando a carga comunitária de vírus respiratórios se aproxima de um limiar crítico.