Número de casos confirmados em Portugal com a infeção pelo vírus Monkeypox (designação atual Mpox), num ano, é de 953. O Ministério da Saúde (MS) indicou que o controlo da epidemia só foi possível pela pronta resposta a nível nacional “por diagnóstico clínico e laboratorial da infeção e reforço de cooperação entre os organismos do MS e as associações de base comunitária”.
“Nesta emergência de saúde pública, sobre a qual inicialmente pouco sabíamos, o trabalho com as comunidades em maior risco e a rápida partilha de informação e boas práticas entre os países mais afetados foi crucial. Permitiu dar novos passos na preparação dos sistemas de saúde para a vigilância e intervenção face a doenças infeciosas emergentes, realidade que as alterações climáticas e maior circulação de pessoas torna hoje mais premente”, afirmou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, citada em nota do MS.
Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de infeções pelo vírus Mpox. Um surto com características novas em que foi necessário identificar os principais sintomas, período de incubação e vias de transmissão, para informar e a definir medidas de prevenção e controlo eficazes.
Fruto da rápida resposta e adesão da população, foi possível interromper as cadeias de transmissão, através do diagnóstico, sensibilização e, posteriormente, através da vacinação. Um trabalho que envolveu a Direção Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, profissionais de saúde, e pessoas e associações da sociedade civil.
O MS indicou que ao longo do último ano, foram diagnosticados em Portugal 953 casos de Mpox, em que quase na totalidade em pessoas do sexo masculino. Mas partir de outubro de 2022 os casos tornaram-se esporádicos, em Portugal, tendo a partir daí sido diagnosticados apenas 9 casos.
A adesão da população a um conjunto de medidas de prevenção permitiu interromper as cadeias de transmissão. Medidas que também incluíram: diagnóstico, sensibilização e, posteriormente, vacinação.
O trabalho realizado em Portugal foi destacado pela Organização Mundial de Saúde como um bom exemplo de como as autoridades de saúde devem trabalhar com a comunidade.
Numa primeira fase, a vacina foi oferecida a pessoas que tinham tido contactado com alguém infetado, com posterior alargamento a outros indivíduos em maior risco. Até ao dia 12 de maio de 2023 foram vacinadas contra o Mpox 3.554 pessoas, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo.