O Angioedema Hereditário é uma doença rara que resulta de vários defeitos genéticos e que pode cursar com episódios de edema da face (o mais recorrente), das extremidades, edema abdominal e edema laríngeo potencialmente fatal.
A doença é muitas vezes confundida, erradamente, com uma alergia o que contribui para atrasos significativos nos diagnósticos, que variam muito entre regiões e entre países. As crises de sintomas podem iniciar-se na infância, mesmo logo no primeiro ano de vida, mas o mais comum é iniciarem-se na adolescência.
Quando se assinala Dia Mundial da Consciencialização do Angioedema Hereditário, 16 de maio, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alerta que, em Portugal, cerca de metade dos doentes com angioedema hereditário só passados 14 ou mais anos é que tiveram o diagnóstico da doença.
Os atrasos no diagnóstico da doença tem um impacto muito significativo para o doente, uma vez que os fármacos habitualmente utilizados no tratamento agudo e na prevenção da maioria das outras situações de angioedema, como é o caso dos anti-histamínicos, corticosteroides e adrenalina, não funcionam no angioedema hereditário.
A SPAIC está a fazer um apelo junto da comunidade médica para que a mesma tome nota do artigo “Angioedema: Abordagem Diagnóstica e Terapêutica em Contexto de Urgência”, incluindo do poster que foi elaborado para aumentar o reconhecimento do angioedema hereditário e garantir a instituição rápida da terapêutica mais adequada.
Através de um vídeo a médica Natacha Santos, do Grupo de Interesse de Anafilaxia e Doenças Imunoalérgicas Graves da SPAIC alerta para a doença.