População servida pelo serviço de Infeciologia do Hospital Garcia de Orta (HGO) tem asseguradas consultas médicas no âmbito da tuberculose. As consultas vão ser disponibilizadas através de uma parceria entre o serviço do Hospital e o Centro de Diagnóstico Pneumológico Almada-Seixal (CDP).
“Desde abril de 2022 que todas as consultas médicas do CDP têm sido asseguradas por uma equipa médica proveniente do HGO, contabilizando-se a realização de 3.034 consultas, só no ano passado. O painel de profissionais destacados pelo HGO é constituído por uma pneumologista e duas infeciologistas”, explicou Nuno Marques, Diretor do Serviço de Infeciologia do HGO, citado em comunicado.
O médico acrescentou: “Os dados de 2019 e 2020 revelaram que a população dos concelhos de Almada e Seixal apresenta uma incidência de tuberculose superior à média nacional. Com ajuda do CDP, esta camada da população tem livre acesso ao atendimento médico, onde são asseguradas as fases de rastreio, diagnóstico e tratamento, desta doença estabelecendo-se a ligação aos cuidados hospitalares e a articulação com os centros de tratamento de referência da Tuberculose multirresistente”.
Quando se assinala o Dia Mundial da Tuberculose, a 24 de março, Nuno Marques lembrou: “É essencial sublinhar que Portugal continua a ser considerado o país da Europa ocidental com taxas de incidência mais elevadas desta condição contagiosa, transmitida por via área e que afeta maioritariamente o sistema respiratório”.
O comunicado do HGO esclarece que a tuberculose constitui risco acrescido de contração por parte dos doentes imunodeprimidos, como os portadores da infeção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), tendo uma sintomatologia marcada por quadros de tosse arrastada (mais de três semanas), febre prolongada, expetoração com sangue, dores na região torácica, perda de peso e falta de força. Se apresentar estes sinais não hesite em pedir auxílio no centro de saúde ou CDP da sua área de residência. Sem o devido acompanhamento, cada pessoa com tuberculose ativa irá infetar, em média, entre 10 a 15 pessoas por ano.