Um novo estudo, que envolveu mais de 19.000 adultos, mostrou que as pessoas que restringem os carboidratos a menos de 45% da energia em comparação com os que seguem uma dieta balanceada em carboidratos, gorduras e proteína têm 15% de maior probabilidade de diabetes, acidente vascular cerebral ou doença cardíaca.
A probabilidade aumentou para mais de 40% entre os que consumiam uma dieta restrita em carboidratos e rica em gordura, refere o estudo já publicado na Current Developments in Nutrition.
Os investigadores relatam que a saúde pública é fortemente afetada por padrões de dieta abaixo do ideal. Uma má dieta representa o principal fator de risco de morte por todas as causas, e respondem por aproximadamente metade de todas as mortes por doenças cardiometabólicas.
Doenças cardíacas, diabetes e acidentes vasculares cerebrais representaram cerca de 30% da carga de mortalidade em adultos, nos EUA, em 2019. Sendo que as doenças cardíacas continuam a ser a 2ª principal causa de morte no Canadá.
Quando o consumo de carboidratos diminui, a energia proveniente de proteínas e gorduras aumenta como uma percentagem do total de calorias ingeridas. Quando algumas ou todas as calorias dos carboidratos são substituídas por outros macronutrientes, pode levar ao aumento da ingestão de gordura.
Os investigadores envolvidos no estudo indicam que a quantidade e o tipo de gordura na dieta são importantes. Uma dieta rica em gordura numa dieta restrita em carboidratos foi associada a maior prevalência de doença cardiometabólica. Isso ocorreu mesmo para gordura poliinsaturada, que demonstrou apoiar a saúde do coração.
Então, qual foi a dieta associada à menor prevalência de saúde cardiometabólica? “As descobertas mostraram que a ingestão recomendada de carboidratos mais a alta ingestão de ácidos gordos monoinsaturados apresentaram a associação protetora mais forte com os resultados cardiometabólicos de qualquer padrão alimentar”, referiram os investigadores.