Em 2021 verificaram-se níveis baixos de criminalidade participada, incluindo a criminalidade violenta e grave, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). O RASI foi dado a conhecer no dia 25 de maio de 2022, em reunião do Conselho Superior de Segurança Interna presidida pelo Primeiro-Ministro.
O número total de participações em 2021 é o segundo mais baixo de sempre, depois de 2020, tendo descido 6,9% em relação a 2020. Números que são em parte resultado do efeito da pandemia, o que levou a que a criminalidade participada se mantivesse cerca de 10% abaixo da média dos anos de 2016 a 2019.
O RASI de 2021 mostra que o crime de violência doméstica contra cônjuges ou parceiros mostraram um maior número de participações em termos absolutos entre todos os crimes, mesmo com uma diminuição de 4% em relação a 2020.
A burla informática e nas comunicações é um fenómeno em desenvolvimento, mesmo que se tenha verificado em 2021 uma tendência de desaceleração do crescimento. Estes crimes registaram um aumento de 21,7% em relação a 2019. De 2021 para 2020 foi de 7,7%.
A criminalidade violenta e grave teve um total de 11614 participações, o que representou 3,9% de toda a criminalidade participada em 2021. Os crimes que mais se destacaram em termos absolutos foram o roubo na via pública e o roubo por esticão, os dois em conjunto representando 52% do total dos crimes violentos e graves. De 2020 para 2021 diminuiu de 93 para 85 o número de casos de homicídio voluntário consumado. Os maiores aumentos verificaram-se no crime de extorsão com mais 129 casos e violação com mais 82 casos.
A criminalidade de grupo, com três ou mais elementos, aumentou em 7,7%. Um fenómeno com maior incidência nas áreas metropolitanas, em especial nas zonas urbanas sensíveis. Caracteriza-se por serem grupos de jovens com histórico de criminalidade em especial na prática de roubo, furto, ofensa à integridade física e ameaça durante o período noturno.