No discurso, após ter dado posse ao novo Governo, chefiado por António Costa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abordou a atual situação de conflito militar da Rússia contra a Ucrânia, indicando que se trata de um conflito que afeta todos os povos.
O Presidente referiu que começa agora um novo ciclo em que o mandato do Governo empossado vai praticamente coincidir com os autarcas eleitos em outubro e com o seu próprio mandato. Um novo ciclo que os portugueses esperam dos governantes “segurança, estabilidade, unidade no essencial, concentração no decisivo, recusa de primazia de incertezas ou tensões secundárias”.
No discurso o Presidente referiu que o essencial é a “garantia que não esquecemos a lição destes dois anos de pandemia de guerra” e que “não somos uma ilha nem um oásis imune ao que não podemos controlar e se passa à nossa volta”. O essencial é também acautelar “sem dramas e com vacinação a tempo para que deixemos de viver num abre e fecha da nossa vida pessoal e coletiva”.
Sobre os fundos vindos de Bruxelas o Presidente indicou que devem avançar “depressa no terreno para remendar o que há a remendar, mas sobretudo construir o que há a construir, para que alguma coisa de muito diferente possa ficar para além das pandemias vividas.”
O Governo tem agora diversas missões e o Presidente enumerou algumas que considera “mais urgentes” e “mais profundas”, entre as quais “tratar da pandemia da saúde” o que “implica reformar com brevidade e bem o Serviço Nacional de Saúde”, mas também “tratar bem da pandemia da inflação e a utilização rigorosa, transparente e eficaz dos fundos”, o que nesta caso “implica apostar muito mais ainda no crescimento sólido e duradouro, no investimento nas exportações, na ciência, na educação, nas qualificações em geral, no emprego e sempre na inovação e na autonomia energética e digital.”