Grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) e da Universidade de Cambridge, liderado pelo investigador Gonçalo Bernardes, desenvolveu um novo método que permite construir moléculas para serem usadas como terapias direcionadas contra o cancro, sem a habitual toxicidade dos tratamentos.
As atuais terapias anticancerígenas não conseguem distinguir células cancerígenas de células saudáveis, e assim, são de eficácia reduzida e têm efeitos secundários recorrentes. O novo método, descoberto pela equipa liderada por Gonçalo Bernardes, “apresenta uma nova classe de compostos que garantem que o fármaco não seja libertado prematuramente de um anticorpo específico para as células cancerígenas na circulação sanguínea”, indica o iMM.
Gonçalo Bernardes, citado pelo iMM, explica que “este novo método de ligação de fármacos muito tóxicos a anticorpos específicos contra células cancerígenas poderá tornar-se no método de eleição para a produção deste tipo de novas terapias, pois elimina a instabilidade e toxicidade adversa dos conjugados anticorpos-fármacos usados na clínica”.
O novo método, ao permitir que o fármaco possa ser direcionado eficientemente para o tumor, pode torna-se numa promissora terapia “com um maior nível de eficiência numa das patologias mais preocupantes da sociedade atual”.
O estudo foi já publicado na revista científica ‘Nature Communications’, com o título ‘Stoichiometric and irreversible cysteine-selective protein modification using carbonylacrylic reagents’.