O angioedema hereditário é uma doença que é desconhecida muitas vezes por profissionais de saúde. Um desconhecimento que tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes, alerta a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), quando assinala, em 28 de fevereiro, o Dia Mundial das Doenças Raras.
A doença rara, angioedema hereditário, manifesta-se pelo aparecimento de crises recorrentes de angioedema (inchaço) em várias localizações. A doença afeta cerca de 300 portugueses. Uma doença que interfere negativamente na vida do dia-a-dia dos pacientes causando, em contexto de crises, desconforto e desfiguração, sofrimento físico e psíquico.
A SPAIC dá a conhecer que, no âmbito da reunião da ADAH – Associação de Doentes com Angioedema Hereditário, no passado mês de dezembro, alguns doentes partilharam o seu testemunho de convivência com esta doença referindo diferentes episódios de crise da doença nos quais os profissionais de saúde, por existir um escasso conhecimento sobre a patologia não foi realizado um correto diagnóstico e tratamento.
Para alertar para a importância de uma melhor compreensão do angioedema hereditário pelos profissionais de saúde, a SPAIC, com o apoio da Takeda, lança a campanha “E se fosse consigo?” A campanha pretende combater a falta de informação que existe sobre a patologia, sendo fundamental que os profissionais de saúde saibam reconhecer os sinais da doença, o seu tratamento e também como fazer a referenciação.
A SPAIC esclareceu que o angioedema hereditário é confundido com uma alergia, e por isso o diagnóstico é, muitas vezes atrasado. É estimando que existam, em Portugal, entre 100 a 200 doentes por diagnosticar. É importante estar atento a sinais como edema de qualquer parte do corpo e/ou edema das mucosas, nomeadamente, das vias aéreas superiores (edema da glote) ou tubo digestivo (dor abdominal e vómitos).