Uma análise preliminar de um estudo de segurança e imunogenicidade em curso mostra resultados positivos da administração de uma terceira dose de reforço da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca (Vaxzevria).
O estudo, realizado em indivíduos previamente vacinados com Vaxzevria ou com uma vacina de mRNA, mostrou que uma dose de reforço aumentou a resposta imunológica às variantes do SARS-CoV-2 – Beta, Delta, Alfa e Gama, e uma análise separada de amostras do estudo mostrou aumento da resposta de anticorpos à variante Ómicron.
Os dados divulgados hoje, 13 de janeiro de 2022, pela biofarmacêutica AstraZeneca, também indicam que outro estudo de Fase IV mostrou que uma terceira dose da vacina da AstraZeneca aumentou substancialmente os níveis de anticorpos após uma série primária de vacinas com a vacina CoronaVac (Sinovac Biotech).
A biofarmacêutica indica que os novos dados vêm aumentar as evidências que apoiam a Vaxzevria como uma terceira dose de reforço, independentemente dos esquemas de vacinação primária testados. A empresa está a enviar os novos dados às autoridades de saúde, em todo o mundo, dada a necessidade urgente de reforços de terceira dose.
A vacina “Vaxzevria protegeu centenas de milhões de pessoas da COVID-19, em todo o mundo, e os dados mostram que tem um papel importante a desempenhar com uma terceira dose reforço, incluindo quando usada após o uso de outras vacinas. Dada a urgência contínua da pandemia e o aumento da resposta imune da Vaxzevria à variante Ómicron, continuaremos a progredir nas submissões regulatórias em todo o mundo para o seu uso como um reforço de terceira dose”, referiu, Mene Pangalos, vice-presidente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento Biofarmacêutico da AstraZeneca,
“Estes estudos importantes mostram que uma terceira dose de Vaxzevria após duas doses iniciais da mesma vacina, ou após mRNA ou vacinas inativadas, aumenta fortemente a imunidade contra o COVID-19. A vacina Oxford-AstraZeneca é adequada como opção para aumentar a imunidade da população para países que consideram programas de reforço, somando-se à proteção já demonstrada com as duas primeiras doses”, indicou Andrew J Pollard, investigador-chefe e diretor do Oxford Vaccine Group da Universidade de Oxford.
A AstraZeneca indicou que o ensaio de segurança e imunogenicidade mostrou que a Vaxzevria continuou a ser geralmente bem tolerada, e que outras análises devem ser divulgadas no primeiro semestre de 2022.
Assim, a biofarmacêutica refere que uma terceira dose da vacina contra a COVID-19 Vaxzevria administrada pelo menos seis meses após uma segunda dose aumentou significativamente os níveis de anticorpos e manteve a resposta das células T, e que também resultou em maior atividade neutralizante contra as variantes Alfa, Beta e Delta, em comparação com um regime de duas doses.
O estudo também mostrou que uma terceira dose de reforço de Vaxzevria induziu respostas imunes significativamente mais altas em comparação com controlos contra a variante Delta e a estirpe original do SARS-CoV-2 após a toma de uma série de vacinas primárias de Vaxzevria ou da vacina da Pfizer-BioNtech.