O número de pessoas diagnosticadas e hospitalizadas com COVID-19 está a aumentar. Kevin Billingsley, do Smilow Cancer Hospital e do Yale Cancer Center, lembra que os pacientes com cancro e as suas famílias devem tomar redobradas precauções.
Pessoas com diagnóstico de cancro ou em tratamento prolongado podem correr o risco de contrair doenças graves de COVID-19, mesmo que já tenham tomados todas as doses de vacina contra a infeção.
Doentes com cancro e a participar nos eventos festivos
“A coisa mais importante a ter em conta é haver a certeza de que todos os que vão passar o tempo nesta temporada de férias estejam vacinados”, disse Kevin Billingsley. “Procure evitar festas ou grandes multidões, principalmente se não houver exigência de vacinação para estar presente, usar máscara, principalmente em ambientes fechados, e continuar a lavando as mãos com frequência e a manter o distanciamento social.”
Reforço da vacina COVID-19
De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças e outras autoridades da saúde, as pessoas podem receber uma dose de reforço pelo menos seis meses após completar a série de vacinação COVID-19. Uma injeção de reforço tem como objetivo adicionar proteção adicional contra o coronavírus.
Uma terceira dose da vacina COVID-19 é administrada a pessoas com sistema imunológico seriamente comprometido, como pacientes com cancro, como parte de sua série inicial de vacinas. Isso dá-lhes uma imunidade mais forte contra o vírus, já que muitos desses pacientes são submetidos a procedimentos de saúde graves, como quimioterapia ou transplante.
“No que diz respeito ao momento para uma terceira dose, a Food and Drug Administration, EUA, recomenda que os indivíduos imunocomprometidos esperem pelo menos 28 dias após a segunda dose que lhe ter sido administrada antes de receber a terceira dose de uma série de vacinação de mRNA, como as vacinas da Pfizer ou da Moderna”.
Efeitos colaterais com toma de terceira dose
As autoridades de saúde relatam que as reações ao reforço e à terceira dose foram semelhantes às da segunda dose da vacina primária. Normalmente, os sintomas incluem febre leve a moderada, dores no corpo, dores de cabeça e fadiga.
Variante Ómicron e novas medidas
No momento, a variante Ómicron não está a levar a novas diretrizes, mas reforça a necessidade das pessoas receberem um reforço ou uma terceira dose. “Os dados mostram que a variante Ómicron é mais transmissível do que as variantes anteriores, incluindo a variante Delta”, disse Kevin Billingsley. “Mas as pessoas vacinadas com teste positivo ao vírus têm menos probabilidade de ser assintomáticas e apresentarem uma doença mais leve.”
A expectativa é que, nas próximas duas semanas, a variante Ómicron que é mais transmissível seja provavelmente a estirpe do SARS-CoV-2 dominante. Essa tendência amplifica a importância e a urgência da vacinação de reforço. O diagnóstico de cancro não deve significar que os pacientes não possam aproveitar os períodos festivos. O planeamento e a tomada de precauções podem ajudar a tornar as próximas festas mais seguras para todos.