O Piano em Destaque
O Festival Pianomania vai trazer ao Grande Auditório alguns dos mais consagrados pianistas da atualidade como Ivo Pogorelich (3/10), Rudolf Buchbinder (5/10), David Fray (6/10) e Lucas Debargue (7 e 8/10), a par de revelações como Alexandra Dovgan (4/10), a jovem prodígio russa, com apenas 14 anos de idade, que tem vindo a acumular prémios e presenças nos mais reputados palcos internacionais.
No âmbito do Ciclo de Piano atuam também, neste início de temporada, Javier Perianes (23/11) e Arcadi Volodos (19/12). A pianista Maria João Pires marca presença no Ciclo Grandes Intérpretes (6/12).
Ciclo Grandes Intérpretes
Neste seu regresso, Maria João Pires apresenta um programa singular, fazendo-se acompanhar de um coro de vozes infantis e juvenis. A pianista tocará sonatas de Beethoven mas também obras para canto e piano de Schubert, Mendelssohn e Pärt. Acompanha-a o Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa dirigido por Erica Mandillo (6/12).
Jordi Savall reapresenta-se com a sua formação, Le Concert des Nations, para um programa totalmente dedicado a Beethoven. O maestro catalão dará a ouvir a Sinfonia n.º 6, Pastoral, e a Sinfonia n.º 7, respeitando os contextos originais de produção das obras, recorrendo, para tal, a instrumentos da época e ao número de executantes previsto pelo compositor (19/10).
Outro momento de assinalar neste ciclo será a apresentação de Mozart Momentum 1785/1786, um projeto do pianista e maestro norueguês Leif Ove Andsnes, que procura aprofundar um dos períodos mais criativos do compositor austríaco e que resultou já em vários concertos e em registos discográficos. Com a Mahler Chamber Orchestra, Andsnes tocará e dirigirá os Concertos n.ºs 23 e 24 para Piano e Orquestra (6/11).
No espetáculo My Favorite Things, a meio-soprano norte-americana Joyce DiDonato cantará árias de compositores como Claudio Monteverdi, Georg Friedrich Händel, Jean-Philippe Rameau e John Dowland, que figuram entre as suas favoritas, fazendo o público recuar no tempo ao som também de instrumentos da época e da excelência interpretativa da cantora, exímia no reportório barroco. Acompanha-a o ensemble veneziano Il Pomo d’Oro, dirigido por Maxim Emelyanychev (9/11).
Orquestra Gulbenkian
A estreia nacional das Quatros Estações de Vivaldi reinterpretadas pelo compositor contemporâneo Max Richter, marca o primeiro concerto da Orquestra Gulbenkian no Grande Auditório. A obra de Richter, autor que fez incursões pela música eletrónica e pelo rock, será dirigida por André de Ridder (4 e 5/09). A entrada é livre.
Também num registo de reinterpretação contemporânea de uma obra musical, Giancarlo Guerrero vai dirigir a Quarta Sinfonia de Mahler no arranjo para orquestra de câmara de Erwin Stein, com a soprano romena Valentina Farcas a interpretar a sublime canção Das himmlische Leben (A Vida Celeste), que conclui a obra (23 e 24/09).
Guerrero volta a apresentar-se no Grande Auditório em dezembro, desta vez na companhia de Glass Marcano, a jovem maestrina venezuelana cujo talento emergiu no seio do El Sistema, a fecunda estrutura formativa musical criada há décadas no seu país. Com uma carreira em fulgurante ascensão, Marcano vai dividir o protagonismo com Giancarlo Guerrero neste concerto, dirigindo o Trittico Botticelliano de Respighi, ficando a estreia nacional da Suite Sinfónica de Ariadne auf Naxos de Ricard Strauss, no arranjo de D. Wilson Ochoa, entregue ao maestro costa-riquenho (2 e 3/12).
Depois de três memoráveis anos como Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, Lorenzo Viotti regressa para o seu primeiro concerto na qualidade de Maestro Convidado Principal. Vai partilhar com o público a sua leitura de Metamorfoses, uma obra composta em 1945 por Richard Strauss, quando se aproximava o fim da segunda Guerra Mundial, e ainda do Concerto para Violino n.º 1 de Dmitri Chostakovitch, com a violinista Lisa Batiashvili (28 e 29/10).
Lawrence Foster, também antigo maestro titular da Orquestra Gulbenkian, dirige a 3.ª Sinfonia de Tchaikovksy e também o Concerto para Violoncelo e Orquestra de Robert Schumann, interpretado por Kian Soltani, jovem intérprete de origem iraniana, nascido na Áustria, que se evidenciou na West-Eastern Divan Orchestra, o icónico projeto de Daniel Barenboim e de Edward Said (14 e 15/10).
A Orquestra Gulbenkian será também dirigida pelo maestro letão Andris Poga, que abordará a 4.ª sinfonia de Bruckner, conhecida como a Sinfonia Romântica (21 e 22/10).
Raphaël Pichon propõe um programa variado que contará com a presença do jovem barítono alemão Konstantin Krimmel. O programa é composto por obras de Paul Hindemith (Marcha
Fúnebre), Frank Martin (6 Monólogos de “Jedermann” para barítono e orquestra), Franz Schubert (Sinfonia n.º 8, em Si menor, “Incompleta”) e Johann Sebastian Bach (Ich habe genug) (4 e 5/11).
O maestro Dinis Sousa, fundador da Orquestra XXI, faz-se acompanhar da meio-soprano franco-canadiana Julie Boulianne para dar a ouvir Les Nuits d’été de Berlioz, num programa que inclui ainda obras de Mendelssohn e Schumann (18 e 19/11).
A programação desta primeira parte da temporada conta ainda com o maestro alemão Alexander Liebreich que apresenta a Sinfonia n.º 3 de Mendelssohn e a suite da ópera Émilie da compositora finlandesa Kaija Saariaho, uma obra que resultou de uma encomenda conjunta da Fundação Gulbenkian, da Ópera Nacional de Lyon e do Barbican Centre de Londres (9 e 10/12).
A quadra natalícia será assinalada com um concerto duplo que vai juntar o Coro e a Orquestra Gulbenkian para interpretar duas cantatas da Oratória de Natal de Johann Sebastian Bach. Dirige a maestrina norueguesa Grete Pedersen (22 e 23/12).
Coro Gulbenkian
Dirigido por Jorge Matta, o Coro Gulbenkian apresenta mais um concerto da série Diálogos Improváveis no Panteão, cantando obras que atravessam várias épocas de compositores como Tallis, Purcell, Rachmaninov, Brahms, Elgar e Holst, entre outros. Nesse monumental espaço histórico de acústica invulgar, a flautista Amália Tortajada tocará a solo peças de Carl Nielsen e Edgar Varèse (21/09).
O concerto A Última Nau revive a primeira viagem de circumnavegação de Fernão de Magalhães, contada por Antonio Pigafetta, explorador italiano que embarcou na nau Victoria. Os sons das costas, das terras, dos mares, dos ventos são trazidos pelo Coro Gulbenkian e pelo agrupamento Sete Lágrimas, dirigidos por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, conduzindo o público numa viagem pela música tradicional dos séculos XV, XVI e XVII de vários continentes (16/10).
No âmbito do ciclo Música em São Roque, uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a maestrina Inês Tavares Lopes dirige o concerto Luz e Sombras: a voz feminina desde a Idade Média à atualidade, composto por um mosaico de peças vocais escritas por Monteverdi, Poulenc, Verdi e Sarah Quartel, entre muitos outros (15/10).
Concertos de Domingo
Prosseguem também os Concertos de Domingo, com as habituais sessões duplas comentadas por um instrumentista da Orquestra. No primeiro espetáculo, a maestrina Lina González-Granados dirige um programa com obras de Manuel de Falla (Suite de El Amor Brujo), Camille Saint-Saëns (Introdução e Rondó Caprichoso) e Maurice Ravel (Tzigane) (14/11).
Já Nuno Coelho, com o pianista Nuno Cernadas apresenta um programa que nos conduz pelo mundo das sombras, com obras como A Bruxa do Meio-Dia de Antonín Dvořák, Dança da morte de Franz Liszt, Concerto romeno de György Ligeti e Música de bailado da ópera Macbeth de Giuseppe Verdi (28/11).
Lisboa na Rua
Como vem sendo hábito, a Orquestra Gulbenkian, desta vez dirigida por Martim Sousa Tavares, participa em mais uma edição de Lisboa na Rua, uma iniciativa da EGEAC, com um reportório variado que inclui a estreia em Portugal da obra Rissolty Rossolty de Ruth Crawford Seeger. A entrada é livre (10/09).
Met Opera Live em HD
Regressam as transmissões Met Opera Live em HD no Grande Auditório. Até ao final deste ano, pode seguir grandes produções das seguintes óperas: Fire Shut Up in My Bones de Terence Blanchard (23/10), Boris Godunov de Modest Mussorgsky (20/11) e Eurydice de Matthew Aucoin (4/12).