O Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho instalado no espaço do antigo refeitório da Casa Hipólito, no Bairro Arenes, em Torres Vedras, abriu portas com uma exposição permanente e uma exposição temporária, no dia em que se a primeira etapa em linha da 82ª Volta a Portugal teve lugar a partir de Torres Vedras.
O Museu vai preservar a memória do ciclista torriense Joaquim Agostinho e promover o ciclismo enquanto prática desportiva e social. As atividades incluem investigar, conservar, interpretar, divulgar e valorizar os testemunhos materiais e imateriais mais relevantes da história do ciclismo, do uso da bicicleta e da memória e identidade da comunidade ciclística.
“53:11 Esforço e Glória. Joaquim Agostinho e uma Volta à História em Bicicleta” é o nome da exposição permanente, que convoca a um olhar pela história do ciclismo internacional e nacional e integra um núcleo dedicado ao percurso de vida e desportivo de Joaquim Agostinho, destacando as suas diversas vitórias, aventuras e memórias. A exposição destaca a evolução da bicicleta, das modalidades que compõem esta prática desportiva, os seus atletas e as memórias dos adeptos portugueses.
A primeira exposição temporária do Museu, intitulada “Um Outro Lado da Bicicleta”, convoca as mais variadas utilizações da bicicleta ao longo dos tempos. As profissões em bicicleta, a deslocação para as fábricas, o uso militar, a ligação aos movimentos de emancipação feminina, a ligação às novas formas de vivenciar as cidades, o desporto amador e os amores e poesias trazidos pela bicicleta são revisitados através de um olhar retrospetivo.
O serviço educativo do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho irá promover atividades lúdicas e pedagógicas através de programas que abordam o património cultural relacionado com o ciclismo, tendo como missão promover a educação rodoviária, a mobilidade e o seu impacto no meio ambiente, a atividade física e a adoção de hábitos de vida saudáveis.
O espaço do Museu
O edifício que agora acolhe o Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho é um antigo refeitório, que a empresa Casa Hipólito construiu no complexo industrial Hipólito. O espaço foi construído entre dezembro de 1966 e junho de 1967 por Altino Gromicho, com notória influência de Le Corbusier e Niemeyer na estrutura.
Na sequência da falência da Casa Hipólito, o pavilhão central da fábrica foi demolido para dar lugar à construção de uma grande superfície. No processo de licenciamento desta operação, o Município de Torres Vedras tomou posse deste espaço, por ser um edifício singular com valor patrimonial a conservar.