As células estaminais da leucemia são células raras que podem renovar-se enquanto continuam a gerar células malignas conhecidas como blastos leucémicos. Essas células são difíceis de erradicar com fármacos quimioterápicos e frequentemente levam à recorrência da leucemia.
No entanto, as células estaminais da leucemia são dependentes de um complexo proteico denominado complexo poliforme repressivo 1 ou PRC1, que interage com a cromatina e desativa os genes.
Agora, uma equipa de investigadores, liderada por Tomasz Cierpicki, e Jolanta Grembecka, da Universidade de Michigan, desenvolveu os primeiros inibidores de pequenas moléculas de PRC1. Trata-se de um primeiro passo para o desenvolvimento de uma nova potencial abordagem terapêutica para o tratamento da leucemia mieloide aguda, que consiste em desligar a atividade das células estaminais da leucemia.
Estes inibidores demonstram atividade em células de leucemia. É uma das conclusões do estudo, já publicado na “Nature Chemical Biology”, que abre novas oportunidades para estudar o desenvolvimento da leucemia a nível molecular.
“Nosso composto principal, RB-3, representa um agente atraente e único para o estudo da biologia PRC1”, disse Tomasz Cierpicki, professor em biofísica e patologia na Universidade de Michigan. O investigador acrescentou: “Este trabalho demonstra que é viável direcionar diretamente a atividade do PRC1 e isso pode estabelecer as bases para o desenvolvimento de novos agentes farmacêuticos para a leucemia e possivelmente para outros cancros.”