A Câmara Municipal de Lamego, em parceria com a Rede de Bibliotecas de Lamego, organiza a 4ª edição do festival literário “Lamego Cidade Poema”. O festival vai decorrer de 25 a 27 de junho, na sala de espetáculos do Teatro Ribeiro Conceição.
Durante três dias Lamego volta a ser palco de um dos seus eventos culturais mais emblemáticos: o festival literário “Lamego Cidade Poema”. A cidade vai encher-se de poemas, música, leituras e muitas conversas à volta da poesia e dos livros.
Para Ângelo Moura, presidente da Câmara Municipal de Lamego, trata-se de uma das mais importantes iniciativas culturais da cidade e “é já um evento de referência na região e também no país. De facto, o “Lamego Cidade Poema” é uma das grandes apostas do programa cultural autárquico, pela sua vertente literária e de entretenimento, bem como de promoção do gosto pela poesia e pelos livros”.
“O nosso objetivo é que Lamego seja reconhecida também pela sua cultura e se torne na capital da poesia e da literatura”, conclui o autarca.
O programa do festival envolve diversas iniciativas como sessões de poesia, conversas temáticas, um concerto poético e uma peça de teatro para crianças. Do programa faz parte também a atribuição do “Prémio Literário Fausto Guedes Teixeira”, conceituado e reconhecido poeta lamecense.
Destaca-se ainda outro dos momentos altos do “Lamego Cidade Poema”, a apresentação do “Acordes de Lamego em Tempo de Pandemia”, um livro que reúne textos de vários cidadãos de Lamego numa alusão à atual situação pandémica que o mundo atravessa.
Sobre Fausto Guedes Teixeira há registo que nasceu a 11 de outubro de 1871, em Lamego. Oriundo de uma família aristocrata, estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde confraternizou com vários intelectuais portugueses e estudantes que se destacaram na poesia. Poeta idealista, teve no tema do amor a sua principal fonte de inspiração. Viveu no Brasil, passou por Moçambique e instalou-se em Lisboa, onde viveu durante cerca de 20 anos, e se destacou como jornalista e em diversas funções políticas. Nos últimos anos de vida, regressou a Lamego passando a residir na Casa do Parque, local onde viria a falecer em 1940.