A transformação digital está a colocar as empresas desafios para se adaptarem às novas necessidades do mercado. Entre os desafios mais significativos surgem os da cibersegurança e as novas formas de trabalho que ganharam protagonismo durante a atual pandemia.
A empresa de tecnologia Dynabook assinala o Dia Mundial da Internet, a 17 de maio, indicando que contesta os principais obstáculos que poderão, eventualmente, dificultar a gradual digitalização dos negócios, e refere Carlos Cunha, Diretor Comercial da Dynabook Portugal, “a ideia de implementar uma força de trabalho móvel paira entre as empresas há anos”, e a “emergência da COVID-19 veio acelerar um processo que estava já em marcha”.
“A transição abrupta para um modelo de trabalho totalmente à distância foi apenas possível graças à Internet. Com ela, vieram desafios inéditos de segurança, conectividade e gestão de dados. Contar com dispositivos robustos que permitam trabalhar em mobilidade sem nunca perder recursos de produtividade foi e tem sido fundamental. Apesar de tudo, os dados de que hoje dispomos permitem-nos olhar de forma otimista para estes desafios, por sabermos que existem condições para os superar eficazmente” concluiu Carlos Cunha.
Orçamentos das empresas
Para a Dynabook a situação pandémica fez-se sentir nos resultados obtidos pelas empresas, e por isso, seria de esperar que, à medida que evolui a pandemia, os orçamentos empresariais se ressentissem um pouco por todas as áreas.
Um estudo recente da empresa de tecnologias, que envolveu mais de 1000 decisores de médias e grandes empresas europeias, mostrou que 65% dos profissionais terão maior folga orçamental para melhor acomodar o trabalho remoto e apoiar a transição digital dos negócios. As principais mudanças ocorreram mesmo na Península Ibérica, com 71% dos profissionais a confirmar a expansão do investimento em tecnologia.
O estudo mostra que, neste caso, e apesar das circunstâncias, as empresas estão a conseguir preparar-se, de forma geral, ajustando as suas prioridades orçamentais, com o objetivo de melhor se adaptarem às novas formas de trabalho e assegurarem um processo de transição ágil e eficaz.
Pandemia mostra lacunas tecnológicas
No final de 2020, o relatório anual da Salesforce “State of Service”, mostra que 81% dos decisores estavam em processo de aceleração das suas iniciativas digitais devido à pandemia, e que 88% das equipas indica que a pandemia veio expor as suas lacunas tecnológicas.
Um relatório sobre força de trabalho remoto mostra que 50% dos profissionais de TI inquiridos estão sensibilizados para a importância de apoiar a nova força de trabalho com uma infraestrutura robusta e colocam as soluções Cloud e a assistência TI remota como principais prioridades tecnológicas. No mesmo sentido, também os próprios dispositivos tecnológicos adquiriram valor, com quase três quartos dos decisores a considerar as decisões de compra de portáteis atualmente mais importantes que antes da pandemia.
O desafio da cibersegurança
A transição para o trabalho remoto aumentou drasticamente as superfícies de ataque, com mais e mais dispositivos a aceder, a partir de localizações e redes diferentes, a recursos corporativos sensíveis. O panorama de ciberameças global tem vindo a agravar-se de dia para dia e os ataques são cada vez mais sofisticados.
A empresa de cibersegurança, Check Point Research, indicou que o número de organizações impactadas a nível global por ransomware atingiu mais do dobro nos primeiros meses de de 2021, em comparação com 2020.
Entre as empresas europeias parece, contudo, estar a haver uma consciencialização dos riscos de cibersegurança e 81% dos negócios considera a segurança uma característica importante aquando da compra de um dispositivo. Estima-se que a aposta na infraestrutura de cibersegurança esteja no topo dos investimentos tecnológicos, com 48% dos profissionais a dar prioridade à segurança.