Quando se desenvolve o novo paradigma de teletrabalho com recurso ao uso massivo das redes informáticas, as questões de cibersegurança assumem um relevo sem precedentes. As empresas e as instituições estatais são cada vez mais um alvo para os vários tipos de cibercriminalidade e por outro lado a complexidade das redes cooperativas exigem uma crescente especialização para tornar as redes seguras.
Mas a segurança das redes e dos dados cooperativos vai para lá dos prejuízos causados por ciberataques externos e internos mas é uma questão de procedimentos que sejam adequados a um acesso seguro e de segurança técnica dos equipamentos e dos dados.
Empresas e Instituições estatais competem para dotar os seus quadros de profissionais com competências em segurança informática. É neste contexto que o Instituto Piaget acaba de lançar uma nova pós-graduação inovadora em Cibersegurança e Proteção de Dados na Administração Pública.
O curso, vai ser lecionado totalmente em regime de e-learning, em horário pós-laboral, e terá a duração de seis meses. O curso é promovido pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Piaget de Almada, em colaboração com o ISEIT de Viseu.
O curso surge como uma oportunidade para estudantes e para as empresas e instituições estatais dado as questões atuais relacionadas com a proteção de sistemas, programas e infraestruturas de redes contra eventuais ataques cibernéticos.
O Piaget lembra que o Governo preparar-se para usar, pelo menos, 130 milhões de euros dos fundos europeus para reforçar a cibersegurança nos seus serviços nucleares, de acordo com o Plano de Recuperação e Resiliência a apresentar à Comissão Europeia.
Mas não basta reforçar com meios tecnológicos para se assegurar a proteção das infraestruturas críticas nos serviços públicos. São igualmente necessários os meios humanos, devidamente preparados. É neste contexto que o Instituto Piaget abriu as candidaturas para a sua nova pós-graduação que prevê a formação específica no âmbito da liderança e gestão da cibersegurança e proteção de dados, de acordo com os principais standards e boas-práticas.
Entre os pontos fortes desta pós-graduação do Piaget está a experiência do seu corpo docente, que integra vários profissionais e quadros superiores há muito ligados aos temas da segurança digital. É o caso, por exemplo, do coordenador do curso, Paulo Moniz, diretor de Cibersegurança da EDP; e dos docentes Wilson Lucas, coordenador da área de Cibersegurança no Instituto de Informática do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; e Filipe Frasquilho, diretor de operações da IP Telecom.
O curso tem início previsto para maio, para isso as candidaturas estão abertas até 28 de abril.
O Piaget indica que também vai apresentar em breve uma oferta formativa mais alargada na área tecnológica, o que representa mais um passo na “orientação do Instituto Piaget para a componente digital”, afirma Ricardo Simões Santos, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Piaget de Almada.
“Queremos construir um ecossistema digital nos nossos vários polos universitários, trazendo o melhor da tecnologia para áreas geográficas tradicionalmente menos favorecidas”, acrescenta a docente.
O Piaget lembra que tem já atualmente a funcionar um curso técnico superior profissional (CTeSP) em Cibersegurança, Redes e Sistemas Informáticos, coordenado pelo professor Miguel Frasquilho. Este curso, com a duração de dois anos letivos e que conta com as parcerias da Microsoft e Huawei, é igualmente lecionado pela ESTG de Almada.