Muitas das terapêuticas usadas no tratamento da doença de Alzheimer e de outras demências utilizam normalmente fármacos, mas também outros produtos e estratégias. Alexandre Castro Caldas, neurologista e Diretor do Instituto de Ciências de Saúde da Universidade Católica Portuguesa, refere que normalmente “a abordagem não-farmacológica é complementar à farmacológica, mas no caso do tratamento da doença de Alzheimer e outras demências ainda é ao contrário”.
Para este neurologista, que é também Diretor Clínico do centro NeuroSer, “o essencial é ajudar as pessoas a viver bem, e os medicamentos são um contributo muito pequeno para esse objetivo”, e lembrou também que “não há doentes iguais, por isso a abordagem deve ser personalizada”.
Alexandre Castro Caldas lembrou, citado em comunicado, que quando se abordam as doenças neurodegenerativas, “não interessa apenas o doente, mas também familiares e cuidadores. Ou seja todas as pessoas envolvidas precisam de ser apoiadas”. Neste âmbito, as abordagens terapêuticas multidisciplinares têm como objetivo manter ao máximo as capacidades e a autonomia do doente, evitando a institucionalização precoce.
No caso da doença de Alzheimer e de outras demências, Alexandre Castro Caldas indicou que “o importante é trabalhar com a pessoa de uma forma global e integrada, porque não existe uma fórmula mágica”. O acompanhamento deverá ser personalizado e que aborde as áreas da neuropsicologia, terapia ocupacional, terapia da fala e fisioterapia.