Parlamento britânico aprovou hoje o acordo pós-brexit entre o Reino Unido e a União Europeia. Boris Johnson, Primeiro-Ministro britânico na intervenção na Câmara dos Comuns referiu que é tempo de aproveitar o momento dado que o Reino Unido vai retomar o controlo do seu dinheiro, das suas fronteiras, das suas leis e das suas águas.
Para Boris Johnson é o momento de “um novo relacionamento com os vizinhos europeus, baseado no comércio livre e na cooperação amigável”. Trata-se de um dos maiores acordos de livre comércio do mundo, “um acordo abrangente ao estilo do Canadá”, no valor de “mais de 660 mil milhões de libras”.
O acordo deve “permitir que as nossas empresas façam ainda mais negócios com nossos amigos europeus, salvaguardando milhões de empregos e meios de subsistência no Reino Unido e em todo o continente”, disse o Primeiro-Ministro britânico.
Boris Johnson lembrou que em menos de 48 horas o Reino Unido vai sair do mercado único da União Europeia e da união aduaneira, mas os exportadores britânicos não enfrentarão um súbito emaranhado de barreiras comerciais, pois pela primeira vez na história dos acordos da União Europeia, não haverá qualquer tarifa nem quotas sobre os produtos.
O responsável pelo Governo britânico indicou que foram evitadas as barreiras comerciais, e ao mesmo tempo foi garantido o controlo total do Reino Unido sobre as suas leis e regulamentos, havendo uma simetria vital entre essas duas conquistas.
E lembrou também que na base do acordo está o direito internacional e não o direito da UE, pelo que as leis da UE não terão mais nenhum estatuto especial no Reino Unido e não haverá jurisdição do Tribunal de Justiça Europeu, e livre das restrições da Política Agrícola Comum.