O Conselho de Segurança em reunião de 6 de outubro aprovou por unanimidade uma resolução, recomendando à Assembleia Geral a nomeação de António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal e ex-Alto Comissário da ONU para os Refugiados, como o próximo Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, para um prazo de cinco anos a partir de 1 de Janeiro de 2017.
O atual Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que se encontra em visita oficial a Itália, referiu, citado em comunicado da ONU, que António Guterres é “uma excelente escolha”, e lembrou que “os dois trabalharam em estreita colaboração” e que Guterres “foi um notável Alto Comissario da ONU para os Refugiados”.
“Ele mostrou uma profunda compaixão pelas milhões de pessoas que foram forçadas a deixar as suas casas”, referiu Ban Ki-moon, e acrescentou: “A sua experiência passada como primeiro-ministro de Portugal, o seu amplo conhecimento dos assuntos mundiais e a sua aguda inteligência irão auxiliá-lo a liderar as Nações Unidas num período crucial.”
A decisão do Conselho de Segurança é histórica, dado que tradicionalmente a escolha do Secretário-Geral das Nações Unidas era decidida à porta fechada por alguns países. Esta é a primeira vez na história que envolveu discussões públicas com cada um dos candidatos ao mais alto cargo diplomático do mundo.
Os designados ‘briefings informais’ entre os candidatos, os representantes dos Estados-Membros das Nações Unidas e a sociedade civil começou em 12 de abril, quando os três primeiros candidatos apresentaram as candidaturas e responderam a perguntas “sobre como iriam promover o desenvolvimento sustentável, melhorar os esforços para criar a paz, proteger os direitos humanos, e lidar com enormes catástrofes humanitárias”.
No passado mês de julho, a ONU realizou pela primeira vez um debate que foi transmitido por webcast, onde os candidatos responderam a questões colocadas pelos diplomatas e pelo público em geral.