Uma operação policial liderada pela Guarda Civil Espanhola, em estreita colaboração com o Bureau Central de Investigação da Polícia Polaca e a Europol permitiu um forte golpe a uma rede internacional de tráfico de cannabis a operar na região de Granada, Espanha.
Durante a ação, os investigadores espanhóis executaram 24 mandados de busca e encontraram 2.690 plantas de cannabis com um valor de mercado superior a 3 milhões de euros. Foram apreendidos 36 imóveis e 50 veículos avaliados em mais de 8 milhões de euros, bem como cerca de 200.000 euros em dinheiro. Outros 370.000 euros foram bloqueados nas contas bancárias dos criminosos.
A polícia prendeu 69 espanhóis e 6 polacos. Os suspeitos foram levados à justiça para responder por acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Uma empresa sofisticada multinacional criminosa
Esta ação é o culminar de uma investigação iniciada em novembro de 2017, depois da organização criminosa ter entrado no radar da justiça espanhola por produzir e distribuir grandes quantidades de cannabis destinada ao mercado europeu.
A organização criminosa liderada a partir da Polónia foi hierarquicamente estruturada com a maioria de seus membros localizados em Granada, Espanha, cada um deles com uma função específica: havia uma rede de produtores que abasteciam a organização com cannabis, uma rede de membros que recolhia os frutos da cannabis para posterior expedição, ramo específico dedicado ao acondicionamento e armazenamento dos medicamentos e outro ramo semelhante responsável pelo transporte e posterior distribuição no mercado europeu.
A cannabis passava por um controlo de qualidade antes de ser carregada em caminhões para posterior distribuição internacional, tarefa que foi executada por um dos líderes da organização criminosa, explicou a Europol.
Criminosos atingidos no bolso
O golpe final foi desferido sob a forma de uma investigação financeira que viu a Guardia Civil Espanhola e o Centro Europeu de Crime Económico e Financeiro da Europol a trabalhar em conjunto para obter provas suficientes para vincular esta organização criminosa a crimes de lavagem de dinheiro.
Como resultado, mais de 8 milhões de euros em bens de origem criminosa foram apreendidos e 370.000 euros congelados em contas bancárias pertencentes aos criminosos.