O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou hoje que os países que superaram o primeiro pico do surto de COVID-19, mas agora com restrições mais flexíveis estão a lutar com novos picos e um aumento acelerado de novos casos de infeção pelo novo coronavírus.
“Em vários países do mundo, agora estamos a ver aumentos perigosos de casos e as enfermarias dos hospitais estão a encher novamente” pelo que “parece que muitos países estão a perder os ganhos obtidos dado que as medidas comprovadas para reduzir o risco não são implementadas ou seguidas”.
Está a aumentar o número de infetados com o novo coronavírus no sul da Ásia e em vários países da África, mas “o epicentro do vírus permanece nas Américas, onde mais de 50% dos casos mundiais registados”.
O responsável da OMS referiu que “em algumas cidades e regiões onde a transmissão é intensa, foram estabelecidas restrições severas para controlar o surto”, mas há “muitos países que estão a ir na direção errada”.
“O vírus continua a ser o inimigo público número um, mas as ações de muitos Governos e de muitas pessoas não refletem isso”, mas deve ser tido sempre presente que “o único objetivo do vírus é encontrar pessoas para infetar”.
Para Tedros Adhanom Ghebreyesus mensagens não consistentes “dos líderes estão a minar o ingrediente mais crítico de qualquer resposta: a confiança”, e indicou:
■ Se os governos não comunicarem claramente com os seus cidadãos e adotarem uma estratégia abrangente focada em suprimir a transmissão e salvar vidas;
■ Se as populações não seguirem os princípios básicos de saúde pública de distanciamento físico, lavagem das mãos, uso de máscaras, etiqueta tosse e permanência em casa quando estão doentes;
■ Se as recomendações básicas não forem seguidas, então há apenas uma maneira de seguir esta pandemia. É ficar pior, pior e pior.