O Reino Unido considera que Portugal representa “um risco inaceitavelmente alto para os britânicos que viajam para o exterior”. Uma decisão baseada na avaliação sobre a saúde pública no país, face à pandemia de COVID-19.
Com a divulgação pelo Reino Unido de que Portugal fica fora da lista de países isentos de quarentena, o Presidente do Turismo do Algarve referiu que se trata de uma decisão “que lamentamos e que não compreendemos à luz dos factos, por ser profundamente injusta e penalizadora para o país em geral e para o Algarve em particular”.
“Fomos claramente penalizados por falar verdade” e coloca a questão: “Será mais seguro viajar para países que testam metade, ou mesmo um terço, ou preferem passar férias num país verdadeiramente empenhado em preservar a Saúde Pública e o Turismo?”
O responsável pelo Turismo do Algarve lembrou: “Nesta época, a grande maioria dos turistas britânicos vem para o Algarve, região que entre julho e setembro regista 68% das dormidas do Reino Unido em hotelaria em Portugal”, e “desde o início da pandemia da doença COVID-19, o Algarve regista apenas 1,5% dos casos em território nacional (639 casos acumulados até dia 2 de julho)”.
Mais ainda “recentemente, o Algarve foi eleito pela “European Best Destinations”, organização tutelada pela Comissão Europeia, um dos destinos europeus mais seguros para férias nos próximos meses”, pelo que “a decisão é um erro do Governo britânico, que poderia ser evitado se ouvisse os 18 mil residentes britânicos que vivem na região e que podem testemunhar na primeira pessoa o exemplo dado durante a pandemia”.
Também “o último relatório do “Índice Global da Paz” produzido pelo Instituto de Economia e Paz coloca Portugal como o terceiro país mais seguro do mundo” e “em maio, Portugal foi aclamado no Reino Unido como exemplo na resposta à pandemia. De lá para cá, melhorámos os índices de internamente (-50%), óbitos (-70%) e casos ativos (-45%)”.
O Turismo do Algarve desenvolveu um “Manual de Boas Práticas”, que é considerado pioneiro ao nível mundial, para várias das atividades turísticas, e que engloba “os procedimentos a adotar para rent-a-car, golfes, parques de campismo, marinas, praias, surf, parques aquáticos e restaurantes, além do alojamento turístico, agências de viagens e empresas de animação turística”.
Por sua vez “Portugal é um dos países que mais testa a população e que apresenta das taxas de letalidade mais baixas”.
“Apesar de até hoje ser igualmente obrigatória a quarentena no regresso, temos vindo a assistir a uma procura crescente do mercado britânico, desde que em meados de junho reiniciaram as ligações ao Reino Unido. Para julho e agosto temos disponíveis ligações para 20 aeroportos, operados por 5 companhias aéreas, atestando a confiança de turistas e operadores aéreos no Algarve”, lembrou o Presidente do Turismo do Algarve.
E não esquecer que “internacionalmente, somos reconhecidos como “Melhor Destino do Mundo” enquanto país. O Algarve é o “Melhor Destino de Praia da Europa” e o “Melhor Destino de Golfe do Mundo”.
O Presidente do Turismo do Algarve lembrou que “todos estes argumentos foram amplamente expostos ao Governo britânico”. Mas face às decisões “não baixaremos os braços. Continuaremos a trabalhar para que a próxima revisão desta medida nos seja favorável e os turistas britânicos continuarão a ser muito bem-vindos ao Algarve, como têm sido nos últimos 50 anos”.