Se a primeira revolução industrial implicou grandes recursos financeiros, estruturação de mercados e novos modelos de gestão, a ‘Indústria 4.0’ eleva a digitalização a um patamar que cobre todos os processos industriais, desde a conceção, o planeamento, a produção e as estratégias de mercado, ou seja, desenvolve-se em toda a cadeia do produto.
A ‘Indústria 4.0’ ou 4ª revolução industrial transforma a unidade ou fábrica de produção numa fábrica inteligente, em que sistemas físicos com inteligência artificial, a internet das coisas, ou a computação em nuvem cooperam e se interconectam, dando resposta às necessidades individualizas impostas em permanência pela inovação.
A Associação da Indústria da Península de Setúbal – AiSEt, em conjunto com os associados promotores Introsys, Volkswagen Autoeuropa e Siemens, realizaram no Museu Industrial – Parque Industrial da Baía do Tejo, no Barreiro, a conferência “Indústria 4.0”.
O momento da ‘Indústria 4.0’ já chegou e Antoine Velge, Presidente da AiSEt, considera que “o grande objetivo é que a Península de Setúbal se torne numa zona industrial de referência e num “espaço de excelência para a indústria, dinâmico e competitivo, capaz de atrair investimento e criação de emprego para a coesão social.”
Durante a conferência, indica comunicado da AiSEt/Introsys, ficou claro que há muito trabalho a percorrer para não perder a capacidade já adquirida de alguma inovação, tendo sido apresentados exemplos de primeiros passos. Nuno Flores, Diretor Executivo (CEO) da empresa Introsys, referiu: “O primeiro ponto de contato da Introsys com a ‘inovação 4.0’ é o de colocarmos a funcionar robôs”.
Nuno Flores acrescentou: “Grande parte do nosso trabalho é meter a trabalhar as máquinas que são instaladas na indústria automóvel. Somos uma das empresas que trabalha a integração dos robôs em chão de fábrica. A forma como integramos o robô é típico de uma ‘indústria 4.0’, recorrendo a software e mecanismos de inteligência artificial”.
“A produção de veículos autónomos, como o drone Hexacopter, que tem a capacidade de identificar a quantidade de produtos existentes numa prateleira, ou o 3D Priting”, são mais dois exemplos referidos pelo CEO da Instrosys.