Preparar uma refeição com plantas e flores comestíveis, divertir-se com um conto e um jogo tailandês e dar largas à imaginação para recriar retratos de família, são as sugestões do Museu do Oriente na semana em que se comemora o Dia Internacional da Família, a 15 de maio.
A especialista em Botânica e formadora regular no Museu do Oriente, Fernanda Botelho, convida a conhecer e colher algumas das espécies saborosas, saudáveis e versáteis, de plantas e flores silvestres que é possível encontrar nos jardins e quintais.
Plantas e flores que podem ser acrescentadas à dieta alimentar, com benefícios para a saúde e para a economia doméstica. Em vídeo, Fernanda Botelho apresenta três plantas: chagas; ruscus e urtigas.
As chagas ou capuchinhas são muito versáteis, as flores são comestíveis e ricas em vitamina C e betacaroteno, quando as levamos à boca têm um travo picante. As folhas grandes podem ser usadas em sopas ou como wraps e as sementes podem ser convertidas em pickles, semelhantes a alcaparras.
Os ruscus aculeatus, conhecidos como falso azevinho, é uma planta mediterrânica silvestre com propriedades medicinais e os seus rebentos semelhantes a espargos e com um travo ligeiramente amargo. Mas a especialista chama a atenção para as bagas vermelhas que são tóxicas.
A urtiga é a planta mais familiar das três. É uma planta silvestre, comestível, medicinal e rica em ferro. Ideal para tratar anemias. Versátil, pode ser usada em chás, sopas, batidos, omeletes ou risotos. Os caules mais fibrosos ou partes descartadas desta “planta de sobrevivência” podem ser convertidos em fertilizante ou usados no tratamento de fungos noutras plantas.
Da Tailândia chega-nos um conto tradicional sobre dois amigos pescadores, Ta-In e Ta-Na. Habituados a pescar juntos, um desentendimento leva-os a perceber o valor da solidariedade. Tal como noutros países, os contos tradicionais da Tailândia transmitem valores e princípios e a moral desta história frisa a importância da partilha e condena o egoísmo.
Susana Mendonça, monitora do Serviço Educativo do Museu do Oriente, é a contadora da história que gira em torno de um peixe, e que dá o mote para uma atividade: a construção e desenho de peixes, em família. Neste caso é sugerida a reutilização de materiais de desperdício, como rolos de papel e embalagens de cartão, pintadas ou decoradas com folhas coloridas ou retalhos de tecido para fazer as escamas e barbatanas. Com a aplicação de alguns clipes, e um pouco de criatividade, a criação de um jogo da pesca é um desafio.
Mas o Museu do Oriente propõe ainda a toda a família o desafio divertido: recriar antigas fotos da família, ou de outras famílias, de outros tempos e paragens. Esta é uma oportunidade de recordar a história da família, no tempo em que alguns membros eram mais jovens e outros talvez não tivessem mesmo ainda nascido. Reparar nas roupas que se usavam, nos penteados, recordar a ocasião em que a foto foi tirada ou o acontecimento que registou. Se as roupas originais já não existem, teremos de encontrar algumas parecidas e se o local da foto não está acessível, será possível recriá-lo?
Se mergulharmos nos retratos, imagens e peças do acervo do Museu do Oriente, temos todo um outro mundo a explorar, com famílias do Japão à Índia, que metem deuses, animais fantásticos, crianças e adultos como nós. O Museu do Oriente conclui desejando a todos, e todos os dias, um Feliz Dia da Família.