Devemos continuar a controlar o vírus e a salvar vidas, referiu Boris Johnson, primeiro-ministro inglês. Mas, acrescentou: “também devemos reconhecer que esta campanha contra o vírus tem um custo colossal para o nosso modo de vida”, com lojas fechadas, negócios abandonados, os pubs e os restaurantes às escuras.
“E existem milhões de pessoas que têm medo desta terrível doença e, ao mesmo tempo, também têm medo do que este longo período de inatividade forçada fará com seus meios de subsistência e seu bem-estar físico e mental”.
Boris Johnson refere que possui um plano para aligeirar as medidas restritivas mas que é um plano condicional, que está limitado à satisfação de cinco condições:
- Proteger o Serviço Nacional de Saúde.
- Ter quedas sustentadas na taxa de mortalidade.
- Ter quedas sustentáveis e consideráveis na taxa de infeção.
- Resolver os desafios de obtenção de EPI suficientes para as pessoas que sendo um problema global, é preciso corrigi-lo.
- Garantir que quaisquer medidas não forcem a taxa de reprodução da doença, R a valor superior a um.
O primeiro-ministro indicou que para traçar o progresso e evitar voltar à estaca zero, está a ser estabelecido um novo Sistema de Alerta COVID administrado por um novo Centro Conjunto de Biossegurança, e que haverá cinco níveis de alerta.
Nível Um significa que a doença não está a propagar-se no Reino Unido e o Nível Cinco é o mais crítico – quando o Serviço Nacional de Saúde (NHS) está em sobrecarrega.
“Durante o período de contenção, estivemos no Nível Quatro, e é graças ao seu sacrifício que estamos agora em posição de começar a avançar em etapas para o Nível Três”, referiu Boris Johnson.
A situação é ainda muito grave e por isso Boris Johnson referiu que não estão cumpridos as condições para terminar o confinamento nesta semana, mas referiu:
- Qualquer pessoa que não possa trabalhar em casa, por exemplo, em construção ou indústria deve ir trabalhar.
- Mas para ir trabalhar em segurança “deve evitar o transporte público, se possível – porque devemos e manter o distanciamento social, e a capacidade será, portanto, limitada”.
- E para garantir a segurança no trabalho vão ser estabelecidas novas orientações para os empregadores tornarem os locais de trabalho seguros contra a COVID.
- “Quando for trabalhar, se possível, faça-o de carro ou, melhor ainda, a pé ou de bicicleta. Mas, assim como nos locais de trabalho, os operadores de transporte público também seguem os padrões de segurança da COVID”.
“No segundo passo – o mais tardar a 1 de junho – após o semestre – acreditamos que podemos estar em condições de iniciar a reabertura em fases das lojas e levar os alunos da primária de regresso às escolas, por etapas, começando com pelo Ano 1 e Ano 6”.
“E o terceiro passo – o mais tardar em julho – e sujeito a todas essas condições e outros conselhos científicos; se e somente se os números o apoiarem, esperamos reabrir pelo menos parte da indústria hoteleira e outros locais públicos, desde que seguros e com o reforço do distanciamento social”.
“Durante esse período dos próximos dois meses, não seremos movidos por mera esperança ou necessidade económica. Seremos movidos pela ciência, pelos dados e pela saúde pública” referiu Boris Johnson.