Durante três dias, de 6 a 8 de novembro, em Edimburgo, cientistas, microbiologistas e outros especialistas de todo o mundo, reúnem-se na conferência anual conjunta da Federação das Sociedades de Infeção e da Sociedade de Cuidados de Saúde.
No dia 7 de novembro, no decurso do simpósio ‘O risco de dispersão de micróbios durante a secagem das mãos’, vão ser divulgados os resultados de recentes investigações que confirmam que toalhas de mão, de uso único, garantem níveis elevados de higiene em casas de banho públicas.
O microbiologista Keith Redway, do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Westminster, vai apresentar os resultados do estudo sobre “O risco de dispersão de micróbios e a aerossolização por diferentes métodos usados para secar as mãos em casas de banho públicas”. Keith Redway vai apresentar números que descrevem a propagação de vírus.
Para Mark Wilcox, da Universidade de Leeds, há “riscos muito variáveis de disseminação bacteriana de acordo com a escolha do método de secagem das mãos“. Nesta conferência o cientista vai apresentar dados que demonstram que a disseminação bacteriana varia de acordo com o método de secagem das mãos, e as implicações desta dispersão no controlo de infeções.
Estudos anteriores realizados pelas Universidades de Leeds e de Westminster têm mostrado que os secadores de mãos elétricos são mais propensos a dispersar as bactérias e os fungos do que toalhas de uso único. No mais recente estudo realizado pela Universidade de Westminster, foi utilizado um modelo bacteriófago para comparar três métodos de secagem das mãos. O estudo analisou o potencial de cada método na dispersão de vírus e na contaminação de pessoas.
Para Roberto Berardi, presidente da European Tissue Symposium, citado em comunicado da organização, “uma secagem apropriada das mãos após lavagem em casas de banho públicas é essencial para ajudar a minimizar a propagação de infeção”, e acrescenta que “vários estudos têm vindo a mostrar que o método de toalhas de uso único é uma maneira eficaz para limitar a propagação de bactérias e vírus”. Algumas escolas, hospitais e grandes espaços públicos, mas também restaurantes, têm vindo a optar por equipar as suas casas de banho com toalhas de uso único para a secagem de mãos.