Dados oficiais indicam haver até à data 38 casos confirmados de COVID-19 na Guiné-Bissau, destes 58% são homens e 42% mulheres, quase todos concentrados na cidade de Bissau. Em toda a África os dados reportados indicam 630 mortos e 12.219 casos confirmados em 52 países, e uma recuperação de 1.313 pessoas.
Em África os números de infetados pelo novo coronavírus é atualmente muito baixo comparativamente com outras regiões do mundo, no entanto, especialistas apontam para a possibilidade do número poder aumentar de forma muito significativa bem como o número de mortes.
Neste contexto o Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP) da Guiné-Bissau, a entidade responsável pela gestão do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, nomeou o Professor Aladje Baldé, Reitor da Universidade Jean Piaget da Guiné-Bissau (UniPiaget), como Alto-comissário para a COVID-19 no país. O despacho de nomeação chama também a atenção para o alto risco de propagação da pandemia no país.
O Professor Baldé é doutorado em Biotecnologia, desempenhando as funções de Reitor da UniPiaget desde 2014. Com 55 anos, e uma carreira internacional ligada a vários países, é um dos mais conceituados quadros guineenses, com um trabalho vasto na área da biologia.
A UniPiaget faz parte do universo mais vasto e dinâmico do Instituto Piaget, com presença nos vários países de expressão portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde e Brasil, além de Portugal. Dotada de instalações próprias e bem equipadas, disponibiliza formação universitária em áreas tão diversas como a Medicina, Engenharia e Ensino, contribuindo para a criação de uma nova bolsa de quadros capazes de liderar o processo de desenvolvimento do país.
Além da preocupação com uma formação de qualidade, estas várias instituições do Ensino Superior em Língua Portuguesa destacam-se pelo seu papel ativo ao lado das comunidades onde estão inseridas, em convergência com um dos eixos estratégicos de intervenção do Instituto Piaget.
No âmbito do combate à COVID-19, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência e o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas no país, sendo estas medidas acompanhadas de um conjunto mais amplo de restrições, a exemplo do que já acontece em muitos outros países africanos.
Nos últimos dias, as autoridades sanitárias têm insistido para que os guineenses cumpram com as recomendações e evitem sair de casa. Entre as restrições impostas destaca-se a que só permite que as pessoas circulem entre as 7 e as 11 da manhã. A população tem igualmente sido incentivada a usar máscaras nas suas deslocações aos mercados para comprar alimentos e a criar as suas próprias máscaras de proteção, tendo em conta o custo elevado deste material.