A crescente procura por instalações de saúde e por profissionais de saúde ameaça deixar alguns sistemas de saúde sobrecarregados e incapazes de operar de maneira eficaz, referiu hoje o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Diretor-Geral lembrou que “mesmo estando no meio de uma crise, os serviços essenciais de saúde devem continuar. Os bebés ainda estão a nascer, as vacinas ainda precisam de ser entregues e as pessoas ainda precisam de tratamento para se salvarem de uma série de outras doenças”.
A OMS emitiu um conjunto de ações para reorganizar e manter o acesso a serviços de saúde essenciais, incluindo a vacinação de rotina, cuidados durante a gravidez e parto, tratamento de doenças infeciosas e não transmissíveis e condições de saúde mental, serviços de sangue e muitas outras doenças.
Por isso o responsável da OMS lembrou que é necessário garantir uma força de trabalho de saúde adequada para lidar com muitas outras necessidades de saúde além da COVID-19, e manifestou a satisfação por exemplos como os de “20.000 trabalhadores da saúde no Reino Unido que se ofereceram para voltar ao trabalho e que outros países como a Federação Russa estão a envolver estudantes de medicina e estagiários na resposta” ao combate à COVID-19.
Para ajudar os países a gerir o aumento nos casos de COVID-19, mantendo os serviços essenciais, a OMS publicou um manual de práticas e detalhado de como configurar e gerir centros de tratamento para COVID-19.
O Diretor-Geral da OMS lembrou que o compromisso assumido pelos países do G20 de trabalharem juntos para melhorar a produção e o suprimento equitativo de produtos essenciais mostra que o mundo está a unir-se, mas também lembrou que tinha escrito no Twitter uma mensagem com uma única palavra: “humildade”, e algumas pessoas perguntaram-lhe porquê?
“O COVID-19 está lembrar-nos como somos vulneráveis, como estamos ligados e como somos dependentes uns dos outros”, e no momento em que estamos “no olho de uma tempestade como a COVID, ferramentas científicas e de saúde pública são essenciais, mas também a humildade e a bondade”, conclui o responsável da OMS.