No âmbito do programa REVIVE foi adjudicada a concessão de exploração do Palacete dos Condes Dias Garcia, em São João da Madeira e do Mosteiro do Lorvão, em Penacova. A adjudicação precedida de concurso público foi feita às empresas:
■ A Hoti Star – Portugal Hotéis, S.A., que ganhou a concessão do Palacete dos Condes Dias Garcia.
■ A Imobimacus – Sociedade Administradora de Imóveis, S. A., do Grupo Hotéis Turim, que ganhou a concessão do Mosteiro do Lorvão.
A Imobimacus já tinha ganho a adjudicação do Paço Real de Caxias, em Oeiras, vem agora contar com a concessão do Mosteiro do Lorvão, em Penacova, onde deverá realizar um investimento na ordem dos 6,9 milhões de euros para a recuperação do imóvel e instalação de um estabelecimento hoteleiro. A renda anual devida pela concessionária ao Estado é de 40 mil euros.
O Mosteiro do Lorvão, classificado Monumento Nacional, foi fundado em 878, pouco depois da reconquista cristã de Coimbra, pelos monges de Cluny, pertencentes à Ordem de São Bento. Em 1206, passou a albergar a Ordem de Cister. Passou para a posse do Estado, em 1834, com a extinção das ordens religiosas, tendo mantido funções religiosas até à morte da última freira em 1887. Já no século XX, todo o imóvel foi requalificado para acolher um hospital psiquiátrico, encerrado em 2012.
O Mosteiro está a 15 minutos de Penacova e a 30 minutos de Coimbra, e está implantado no vale da Ribeira de Lorvão, muito perto do Rio Mondego e das suas praias fluviais.
O Palacete dos Condes Dias Garcia, em S. João da Madeira, adjudicado à Hoti Star – Portugal Hotéis que vai pagar uma renda anual de 30.528,00 euros, no âmbito da recuperação do imóvel e da instalação de um estabelecimento hoteleiro de 4 estrelas, num investimento que deverá rondar os 4 milhões de euros.
O Palacete construído na viragem do século XIX para o século XX, é um exemplar arquitetónico do “estilo abrasileirado” ou “arquitetura dos brasileiros”, símbolo da afirmação e do prestígio pessoal e riqueza do seu proprietário, António Dias Garcia, natural de São João da Madeira, que fez fortuna no Brasil.
Após o desaparecimento de António Dias Garcia nos anos 40 do século passado, o palacete funcionou como Instituto de Línguas, como Centro de Formação da Indústria do Calçado, como Liceu e ainda como Tribunal.
Ambos os imóveis são concessionados por 50 anos, prevendo-se a sua abertura ao público como estabelecimentos hoteleiros em meados de 2022.
Atualmente somam-se 16 concessões adjudicadas no Programa REVIVE, representando um investimento total na recuperação de património público estimado em 129 milhões de euros, e rendas anuais que já ultrapassam os 2,4 milhões de euros.
Resultado de uma iniciativa conjunta das áreas governativas da Economia, Finanças e Cultura, com a colaboração das autarquias, o REVIVE integra atualmente um total de 49 imóveis, dos quais 21 se localizam em territórios do interior.
Presentemente, estão abertos os concursos para a concessão da Quinta do Paço de Valverde, em Évora, e do Forte da Barra de Aveiro, em Ílhavo.
O Ministério da Economia indicou que está previsto para abril o lançamento de dois novos concursos para a concessão dos Fortes da Cadaveira e de S. Pedro, em Cascais.