O navio de cruzeiro MSC Fantasia, proveniente do Brasil, chegou hoje a Lisboa. Dado o Estado de Emergência no país, relacionado com a pandemia de COVID-19, nenhum dos 1.338 passageiros a bordo pode desembarcar sem autorização das autoridades de saúde, e para garantir o cumprimento das medidas de segurança de saúde pública, estão envolvidas várias entidades.
Em face da situação a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Direção-Geral da Saúde, a Polícia de Segurança Pública, a Polícia Marítima, a Autoridade Tributária e a ANA – Aeroportos de Portugal, numa operação conjunta, vão proceder ao repatriamento dos passageiros estrangeiros a partir do Aeroporto de Lisboa.
O Ministério da Administração Interna (MAI) indicou que a bordo estão 27 passageiros de nacionalidade portuguesa, sendo os restantes provenientes de 38 países, maioritariamente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália, e que o repatriamento vai decorrer numa operação em articulação com as diversas embaixadas destes países.
O MAI referiu que “o navio acostou esta manhã no Porto de Lisboa e os passageiros permanecem no navio para a realização de todos os procedimentos previstos para o desembarque, designadamente a autorização por parte da autoridade de saúde”.
“Esta tarde, os cidadãos portugueses e os titulares de autorização de residência em Portugal farão os testes de despistagem de vírus SARS-CoV-2, podendo desembarcar se os resultados forem negativos”, referiu o MAI.
A Polícia de Segurança Pública está no local e não é possível qualquer acesso ao navio, no entanto o MAI indicou que “as autoridades de saúde prestarão localmente todas as informações sobre o Estado de Emergência em vigor e a necessidade de quarentena”.
O MAI indicou que a partir de terça-feira, e depois de verificados todos os procedimentos de autorização por parte da autoridade de saúde, os passageiros vão desembarcar do navio, e transportados em autocarros com escolta policial ao aeroporto Humberto Delgado “para voos humanitários de regresso aos seus países de origem”.