Com o coronavírus a propagar-se por todo o mundo e já com mais de 105 mil pessoas infetadas confirmadas e mais de 3,5 mil mortes, os investigadores continuam a tentar compreender como o vírus é transmitido para assim melhor poder impedir a sua propagação.
Investigadores, na China, têm vindo a desenvolver estudos, e os resultados publicados em dois artigos na revista norte americana Gastroenterology da American Gastroenterological Association (AGA) descrevem o impacto do coronavírus no trato digestivo e apresentam as seguintes conclusões principais:
■ Um número significativo dos pacientes com coronavírus apresentou diarreia, náusea, vómito e / ou desconforto abdominal antes dos sintomas respiratórios.
■ Os investigadores recomendam que a triagem dos pacientes inclua o desconforto gastrointestinal inicial, o que permitirá a deteção, diagnóstico, isolamento e intervenção antes de outros sinais.
■ O RNA viral é detetável nas fezes de pacientes com suspeita de coronavírus. Agora está claro que o vírus propaga-se através das fezes.
■ A infeção gastrointestinal viral e a potencial transmissão fecal-oral podem durar mesmo após a limpeza viral do trato respiratório.
■ A prevenção da transmissão fecal-oral deve ser levada em consideração para controlar a disseminação do vírus.