A Universidade do Porto continua a ser a universidade portuguesa mais bem colocada no Ranking Mundial de Universidades, elaborado pela Quacquarelli Symonds (QS), mas em relação ao ano anterior perdeu 15 posições, situando-se agora no 323º lugar. A recente fusão da Universidade de Lisboa com a Universidade Técnica de Lisboa resultou num salto de mais de 100 posições, levando a Universidade de Lisboa para o 330º lugar, após ter ficado de fora do Top 400 nos anos anteriores.
Para além da Universidade do Porto e da Universidade de Lisboa consta ainda no Top 400 a Universidade Nova de Lisboa, agora no 366º lugar, depois de ter perdido 15 posições.
A Universidade de Coimbra saiu do Top 400, a figurar agora entre os lugares 451º e 460º, e a Universidade Católica de Lisboa também este ano fora do Top 700, ao sair da faixa 651 a 700 para a 701+.
A QS indica que as universidades portuguesas tiveram melhor desempenho entre os empregadores do que entre os académicos, quatro de cinco universidades cresceram em reputação junto das empresas, e quatro das cinco classificadas crescendo em reputação académica. A Universidade de Lisboa teve uma melhoria nas duas métricas.
Quatro das cinco universidades portuguesas melhoraram a sua performance em investigação, medida pelo indicador ‘QS Citações por Corpo Docente’. Neste indicador a Universidade do Porto aparece no 200º lugar.
“O Ranking deste ano revela que os níveis de investimento têm determinado quem progride e quem regride”, refere Ben Sowter, Chefe da Divisão de Investigação da QS, e acrescenta que as “instituições em países que oferecem altos níveis específicos de financiamentos, seja por doações ou a partir de recursos públicos, estão a subir no ranking. Ao contrário, os países da Europa Ocidental que estão a cortar nos investimentos em investigação estão a perder lugares para os Estados Unidos e a Ásia”.
O Ranking Mundial de Universidades continua a ser liderado pela quinta vez consecutiva pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Mas há a destacar que a Universidade de Stanford tirou a Universidade de Cambridge do Top 3. Assim, pela primeira vez há 3 instituições dos EUA nas 3 primeiras posições.
De uma forma geral a Rússia, China, Japão e Coreia do Sul apresentaram melhorias notáveis, enquanto o Reino Unido, a Alemanha e a Itália perderam lugares, indica a QS.
O ranking de 2016 inclui 916 universidades, mais 25 que em 2015, de 81 países. Há 33 países com universidades no Top 200. Os EUA dominam com 48 instituições, o Reino Unido com 30, a Holanda com 12, a Alemanha com 11, Canadá e Austrália com 9 cada, Japão com 8, China com 7 e a França, Suécia e Hong Kong com 5 cada.
De destacar o Instituto Federal de Tecnologia da Suíça que ocupa agora o 8º lugar do Ranking Mundial de Universidades, tendo subido mais uma posição desde 2015. Das universidades lusófonas a melhor colocada é a Universidade de São Paulo, a ocupar o 120º lugar, e de todas as universidades ibero-americanas é a Universidade de Buenos Aires a ocupar o 85º lugar.