GUIDELINES
Tínhamos já ensaiado o Kauai na sua variante totalmente elétrica e as impressões recolhidas sobre o modelo foram bastante boas. Tratava-se de um modelo bem concebido, com um chassis competente, bom comportamento e com uma autonomia superior aos 300kms em ambiente real.
ESTÉTICA – EXTERIOR E INTERIOR
Parece óbvio que a estética do elétrico para o modelo a gasolina não se alterou drasticamente. O modelo apresenta-se com uma estética similar, com algumas mudanças sobretudo ao nível das jantes (no elétrico, direcionadas para a economia e redução de atrito) e para a grelha frontal aberta (fechada no elétrico). O ambiente bicolor da carroçaria mantém-se e torna-o mais jovial.
O SUV apresenta-se como os restantes, com um estilo jovial, dinâmico e quiçá “desportivo”, embelezado com os plásticos que cobrem as cavas das rodas e algumas zonas frontais e traseiras. O olhar esguio da frente, e os faróis traseiros estilizados e estreitos, conjugados com a ampla superfície metálica lateral, mantêm a tal desportividade do modelo mencionada e também um aspeto robusto – que se comprova posteriormente no seu exterior e interior.
Interiormente o Kauai em quase nada difere do modelo elétrico que nos serviu de comparação e, assim sendo, destaca-se por ter um interior amplo e espaçoso, bem construído – mesmo utilizando plásticos rijos – onde a ergonomia está presente pela positiva.
MATERIAIS, USER EXPERIENCE
Os plásticos rijos no habitáculo não interferem na solidez do conjunto e demonstram que a marca sabe construir bons automóveis. Em termos de usabilidade, todos os comandos estão no sítio correto, o volante e o casamento com os pedais e banco é o correto, a pega do volante encorpada e adaptada na zona das 10:10h com uma zona mais ergonómica.
O painel de instrumentos, que pessoalmente gostaria dele maior, está no campo visual correto e é de fácil utilização. Tem-se banalizado em todas as marcas a preocupação em meu entender excessiva de muitos porta copos ou garrafas e a Hyundai segue esta tendência. Porta garrafas nas portas e 2 porta copos na consola central. Creio que aqui pode haver um patamar evolutivo de todas as marcas no sentido da rentabilização deste espaço para quem, como eu, não o utiliza.
Painel de instrumentos analógico muito legível e que contava nesta versão com o head-up display em plástico, sobre o tablier, que ajuda bastante o condutor com toda a informação nele constante, desde os máximos automáticos, cruise control, sistema de navegação e onde numa próxima versão, pode incorporar nele, o indicador de mudança de velocidade presente no painel analógico.
EM ESTRADA
Mais uma vez tendo como base de comparação o modelo elétrico é possível encontrar pequenas diferenças entre ambos. O comportamento previsível do Kauai, o rigor com que lê a estrada e o comportamento muito eficaz do chassis mantêm-se, assim como, os competentes travões e o conforto – que adoro – muito alemão, i.e. sólido e não flutuante. A única diferença face ao modelo elétrico, provém de uma maior leveza da direção – que não compromete o comportamento – mas que provavelmente se deve ao menor peso deste pequeno motor 1.0.
Sobre o motor 1.0 a gasolina, tricilindrico, com 120cv! nada a dizer. “Agarrado” a uma bem escalonada e precisa caixa de 6 velocidades, o Kauai não demonstra que é um 1.0, dado o modo competente e imponente com que devora kms e não se amedronta em qualquer estrada.
CONSUMOS, PREÇO E SEGURANÇA
Os consumos rondaram em estrada e auto-estrada, cumprindo a lei, os 6.3 litros. O preço inicia-se nos 20.000€ até aos 23.000€
Já o lugar comum, daquilo que as marcas disponibilizam em termos de segurança: o ABS e ESP é banal e todos os sistemas como o sistema de angulo morto, aviso de saída de faixa, manutenção na faixa de rodagem (muito bem calibrado e intuitivo), aviso de colisão eminente, etc, são também normais. O que muda de marca para marca é o nível atingido e aqui é muito bom.