“Nasci duas vezes: primeiro fui uma coisa, depois outra”. É assim que MDLSX se apresenta ao público, expondo, sem quaisquer preconceitos, a liberdade da transformação e da fusão de géneros, “ao ser-se outro que não os limites do corpo, da cor da pele ou dos órgãos sexuais”. Tendo-se estreado em 2015, no Festival de Santarcangelo (Itália), e depois de já ter passado por vários teatros e festivais de todo o mundo, a performance vai subir, dia 14 e 15 de fevereiro (sexta e sábado), ao palco do Teatro Carlos Alberto (TeCA).
Interpretada por Silvia Calderoni – entre os performers italianos contemporâneos mais reconhecidos –, MDLSX é um reflexo das suas vivências e fragmentos biográficos, combinados com referências literárias como Middlesex, de Jeffrey Eugenides, Orlando, de Virginia Woolf, ou ainda Gender Trouble e Undoing Gender, de Judith Butler. Em palco, e assumindo um formato que remete para um set de DJ/VJ, a performance é um caleidoscópico, um mecanismo sonoro explosivo.
Com encenação de Enrico Casagrande e Daniela Nicolò, da Motus – companhia de teatro italiana com a qual Silvia mantém uma estreita ligação artística –, MDLSX pode ser visto na sexta-feira, às 21h00, e no sábado, às 19h00. Apresentado em língua italiana, mas com legendas em português, o espetáculo é para maiores de 16 anos e o preço dos bilhetes é de 10 euros.