Marta Menezes criou o projeto “5 Encores para Beethoven” para o ano em que se celebram 250 anos do nascimento de Beethoven. Esta iniciativa, que pretende estabelecer uma ponte com o momento presente e com a música quotidiana, celebra a música com a criação de nova música, divulgando o trabalho de compositores portugueses, e ao mesmo tempo, partilhando a obra do grande Mestre.
“5 Encores para Beethoven” são 5 novas composições para piano escritas pelos compositores Nuno da Rocha, Tiago Cabrita, Luís Soldado, Gonçalo Gato e Tiago Derriça. Cada uma destas obras é interpretada como um “encore” a cada um dos 5 Concertos para Piano e Orquestra de Beethoven, nos concertos que serão apresentados ao longo do ano de 2020, em várias cidades.
O primeiro destes concertos teve lugar em Viana do Castelo, a 17 de janeiro, no Teatro Municipal Sá de Miranda, com a Orquestra ARTEAM e o maestro Diogo Costa. A obra a estrear foi “What’s the hurry?” de Luís Soldado, a 08 de fevereiro, no Teatro virgínia, em Torres Novas, com a participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob direção de Pedro Amaral. Hoje dia 09 de fevereiro, decorre mais um concerto no Teatro Thalia, em Lisboa.
Tomar, Idanha-a-Nova e Alcanena vão acolher outros concertos nos dias 1 março, 28 março 23 de maio respetivamente.
■ Marta Menezes, vencedora do Concurso Beethoven no Royal College of Music em Londres e premiada nos Estados Unidos pelo seu CD com obras de Beethoven e Lopes-Graça, apresenta-se regularmente em recital, tendo atuado em diversos países da Europa, nos Estados Unidos, em Cabo Verde e na China. Recebeu em 2014 a “Medalha de Prata de Valor e Distinção” pelo seu percurso enquanto pianista, atribuída pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Tem desenvolvido vários projetos dedicados à música portuguesa, tendo o mais recente sido a série de recitais que realizou de homenagem a Vianna da Motta, em 2018/2019.
■ A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) mantém uma programação regular desde 1992. Os seus músicos asseguram uma intensa atividade que se distingue pela qualidade e pela versatilidade, o que permite abordar repertórios diversos, criar novos públicos e afirmar o caráter inovador do projeto AMEC | Metropolitana, do qual esta orquestra é a face mais visível. Desde o seu início, a OML afirmou-se como uma referência incontornável do panorama orquestral nacional. A OML gravou mais de uma dezena de álbuns – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras. A Direção Artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa é, desde 2013, assegurada por Pedro Amaral que, desde 2018, acumula as funções de Maestro Titular.
Os compositores
■ Nuno da Rocha é doutorando em Composição na Royal Academy of Music (Londres, UK) sob orientação de Rubens Askenar e David Sawer. Do seu trabalho recente, destaca-se o lançamento do disco “O que será do rio” com a orquestra barroca Divino Sospiro e Massimo Mazzeo. Em janeiro de 2020, estreia a sua peça “INFERNO” para coro, orquestra e multi-instrumentista, na Fundação Calouste Gulbenkian.
■ Tiago Cabrita diplomou-se na Escola Superior de Música e o seu percurso tem merecido destaque no domínio da composição de ópera, nomeadamente “O Jardim”, “A Vida Inteira” e o “Deus do Vulcão”. A sua música tem sido tocada pela Orquestra Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Sinfonietta de Lisboa, Sinfónica Juvenil, entre outras. Projetos a breve prazo incluem a composição de uma nova ópera e música vocal.
■ Luís Soldado é Investigador no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, da Universidade Nova de Lisboa, onde desenvolve projetos relacionados com a ópera contemporânea e suas novas formas de comunicação, como bolseiro de Pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Das suas obras mais recentes, destacam-se a ópera de câmara “Tabacaria” (2017), um conjunto de sete mini-óperas televisivas, inseridas na terceira temporada de Super Diva – Ópera para Todos (2018) e a ópera comunitária imersiva “É Possível Resistir” (2019).
■ Gonçalo Gato tem trabalhado com importantes orquestras, como a London Symphony Orchestra, a BBC Symphony Orchestra e a Orquestra Sinfónica do Porto, mas também com importantes agrupamentos, tais como o ensemble recherche (Alemanha), Remix Ensemble (PT), Chroma Ensemble (UK) e Sond’Ar-te Electric Ensemble (PT). Foi o compositor em residência na Casa da Música em 2018, escrevendo para os agrupamentos residentes. Gonçalo investiga aquele que foi o tema do seu doutoramento na Guildhall School of Music and Drama: a utilização de algoritmos computacionais na composição. Apresentou e publicou resultados de investigação no Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique, Paris.
■Tiago Derriça, diplomado em composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e Universidade de Évora, é professor na Academia de Amadores de Música e Academia Musical dos Amigos das Crianças. Tem dedicado grande parte da sua produção à música de câmara, tendo a sua obra vindo a ser também interpretada por várias orquestras e coros, em Portugal e no estrangeiro.